“Foi a pior cena de toda a nossa vida, não conseguimos tirar essa cena da nossa cabeça”, afirmou a irmã de Elisangela Tinem, Tamiris, sobre o momento em que a mulher, de 38 anos, foi atingida por um rojão de fogos de artifício, durante a virada do ano na Praia Grande, litoral sul de São Paulo. O artefato se prendeu na roupa que usava e explodiu.
A família toda estava na praia para a passagem do Ano-Novo e assistir à queima de fogos oficial, realizada pela Prefeitura de Praia Grande, que começou à meia-noite. Tamiris disse que todos os familiares estavam um ao lado do outro gravando os fogos quando, de repente, viram um clarão muito forte vindo na direção do grupo. Se afastaram um pouco, mas o rojão foi em direção a Elisangela e se prendeu na roupa dela.
A vítima começou a bater a mão em cima do artefato para apagar as faíscas, mas, de acordo com a irmã, quando viram o que estava acontecendo e um primo se aproximou para ajudá-la, o rojão explodiu e jogou todos para longe.
“Foi um clarão enorme e um barulho extremamente alto, e quando a fumaça abaixou, vimos minha irmã caindo no chão de braços abertos, já sem vida. O rojão estourou no corpo dela e vimos tudo. Ela já caiu sem vida, tudo isso foi em questão de segundos, não conseguimos e nem tivemos tempo de fazer nada, nem ela mesma teve a chance de se salvar”, disse a irmã.
Elisangela era a mais velha de quatro irmãs e deixou dois filhos, João Victor, de 18 anos, e Vinicius, de 13. A mulher sofreu lesões internas e externas, de acordo com a Polícia Civil do município. Ao atingir órgãos internos, a explosão provocou hemorragias internas. Nos órgãos externos, segundo os agentes, parte de um dos braços, próxima ao ombro, ficou com a estrutura óssea à mostra.
“Para nós que somos da família, ela era como uma segunda mãe, sempre fez de tudo por nós desde a infância, e pelos filhos dela também, ela dava de tudo, fazia de tudo. Não temos nem palavras para expressar o tamanho da dor que a falta dela está fazendo”, lamenta a irmã.
Tamiris afirma que a irmã estava vivendo o momento mais feliz da vida, em plena paz e “sempre nos falava que 2023 seria um ótimo ano pra gente. Ela estava muito feliz no emprego, estava feliz no momento em que os meninos estavam, tinha acabado de arrumar toda a casinha. Ela não merecia isso”.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou a morte de Elisangela ainda no local. Após o ocorrido, os agentes permaneceram na região até a chegada da perícia. Em nota, a Prefeitura de Praia Grande ressaltou que, “de acordo com lei municipal n° 744, de outubro de 1991, é proibido a venda e comercialização de fogos de artifício”.
As informações são do Portal R7.
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