O PDT confirmou o apoio a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para que ele seja reeleito para mais dois anos à frente do Senado.
A eleição interna da Casa para escolher a Mesa Diretora, composta por parlamentares entre 2023 e 2024, está prevista para acontecer em 1º de fevereiro.
O PDT contará com três senadores na próxima legislatura, que começa dia 1º: Cid Gomes (CE), Weverton Rocha (MA) e Leila Barros (DF).
O anúncio aconteceu no diretório nacional do partido, em Brasília, com a presença de Pacheco, Weverton, Leila e o presidente nacional licenciado da sigla, Carlos Lupi, também ministro da Previdência Social.
Segundo Lupi, em declaração após a reunião que selou o acordo, a intenção de apoiar a recondução de Pacheco à presidência do Senado existia desde o mês passado em conversas da Executiva Nacional e da bancada do partido na Casa.
Ele destacou o papel de Pacheco em defesa da democracia nos últimos dois anos e afirmou que o apoio formal é “nada mais do que ser justo, correto”.
Pacheco agradeceu o apoio recebido e ressaltou que o PDT é o primeiro partido a se manifestar publicamente em prol dele.
Ele ressaltou a importância do PDT em sua trajetória como presidente do Senado e disse que ter o partido ao seu lado “de certo modo referenda o passado” de colaborações.
“Esse apoio é um compromisso de futuro, um compromisso de que o Senado continuará nessa linha de defesa social, da responsabilidade fiscal, das reformas que interessam ao povo brasileiro”, destacou.
Pacheco afirmou ser necessário defender a democracia e lutar pela harmonia entre os Três Poderes. “Sem inventar crises, sem criar problemas e divergências onde não há, e buscando os consensos necessários para que num ambiente de boa política nós construamos soluções”, declarou.
Na avaliação do atual presidente do Senado, a Casa também precisa se unir no sentido de ajudar a promover uma “reunificação nacional, que tenho certeza que vamos conseguir fazer num trabalho conjunto”.
“Ninguém merece viver numa sociedade dividida. Uma sociedade que tenha tantos problemas sociais e que se perca tanto tempo com problemas irreais e com problemas inventados. Temos muitos problemas reais que precisamos enfrentar e enfrentaremos com bastante dedicação”, avaliou.
Leila Barros ressaltou que é preciso ter “lideranças equilibradas” e que Pacheco é a melhor opção para dar governabilidade à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Weverton disse saber da “responsabilidade” relacionada à eventual recondução de Pacheco e, sem citar nomes, criticou pressões que senadores têm sofrido nas redes sociais de apoiadores de Rogério Marinho (PL-RN), principal concorrente de Pacheco e ex-ministro do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
Marinho tenta reunir em torno de sua candidatura o núcleo de oposição ao governo Lula na Casa, liderado pelo bolsonarismo. Já Pacheco conta com o apoio da gestão petista e de bancadas numerosas, como o PSD (que terá 13 senadores) e o MDB (que terá dez).
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