Editorial: Rosas no jardim 10/03/2023

A Cruzeiro FM 92,3 dedicou esta semana para as mulheres, trazendo no Jornal da Cruzeiro, a cada dia, pelo menos uma entrevista ou reportagem sobre o universo feminino.

Na quarta-feira, dia 8 de março, foi celebrado mais um Dia Internacional das Mulheres, uma data criada em alusão a milhares de mulheres, que se reuniram, em 8 de março de 1917, num protesto na Rússia que ficou conhecido como “Pão e Paz”.

A ideia de encontrar uma data para celebrar a luta feminista tem várias origens, mas a mais aceita é que a data nasceu após uma conferência na Dinamarca em busca de direitos igualitários, em 1910, e foi consolidada por um histórico incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, no ano de 1911.

Em 1909, dois anos antes do incêndio, as mulheres nova-iorquinas que trabalhavam na fábrica têxtil haviam feito uma greve, reivindicando melhores condições de trabalho e o voto feminino.

Aqui, no Brasil, as mulheres passaram a ter direito ao voto  em 1932 por meio do Decreto 21.076, que criou a Justiça Eleitoral, pelo então presidente Getúlio Vargas.

A partir de então, muitas conquistas foram surgindo e a mulher foi se expandindo pelas áreas que antes eram dominadas apenas por homens.

Na política, por exemplo, a deputada federal do MDB pela região de Sorocaba e que foi prefeita em Itapetininga, Simone Marquetto, falou da importância de se ter mais mulheres na política.

Segundo a parlamentar, que paricipou ontem do Jornal da Cruzeiro, as mulheres que estão no poder têm de estar sensíveis às pautas que de fato as outras mulheres esperam.

Pela primeira vez, conforme as Nações Unidas, as mulheres estão representadas em todos os parlamentos do mundo.

Entre os avanços nessa área, de acordo com o órgão global, o Brasil registrou número recorde de candidatas negras na última eleição.

Mas, apesar desse dado, o próprio órgão avalia que ainda falta muito por ser feito, pois se de um lado houve o aumento da representação política, do outro aumentaram também os casos de assédio sexual e violência contra a mulher.

Do ponto de vista da delegada titular da Deic de Sorocaba, Luciane Bachir, que participou do Jornal da Cruzeiro de quarta-feira, o número de casos de violência contra a mulher aumentou, mas não apenas na questão de quantidade, mas, também, pelo fato de que hoje as mulheres estão denunciando mais e a mídia vem dando ênfase a essa questão.

Isso tudo, eleva a sensação de aumento do número de casos que, obviamente, não pode ser ignorado, porém, ações da polícia vêm auxiliando a melhorar esses números, que estão longe do ideal.

A advogada Cíntia de Almeida, ex-vereadora em Sorocaba, e atual diretora executiva do CIM-Mulher, chama a atenção para mais investimentos na rede de proteção à mulher, porém reconhece que muitas ações importantes foram obtidas ao longo de todos estes anos de luta da classe feminina.

A boa notícia é que o empoderamento das mulheres vem se tornando mais evidente nos últimos tempos, bastando, por exemplo, dar uma olhada para o setor da construção civil, onde hoje podemos encontrar o público feminino praticamente em todas as atividades da engenharia civil, como pintoras de parede e até mesmo engenheiras comandando grandes empreitadas.

É a mulher, de fato, conquistando seu espaço, fazendo a diferença e colaborando sobremaneira para o desenvolvimento do país e do mundo.

Sem dúvida, é necessário protegê-las, mas, certamente, hoje elas são protagonistas da sua própria história e do dia a dia da humanidade.

Parabéns, mulher!!!

Cruzeiro FM, com você o tempo todo!!!