Notícias

STF forma maioria para suspender ações que pedem liberação de armas

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (10) para confirmar a decisão que suspendeu todos os processos na Justiça que questionam o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que restringiu o acesso a armas de fogo no país.

O caso está sendo julgado no plenário virtual do Supremo. Até o momento, cinco ministros acompanharam o entendimento de Gilmar Mendes, relator do caso: Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Dias Toffoli e Roberto Barroso.

O julgamento vai até às 23h59 desta sexta-feira. No formato, não há debate. Os votos são proferidos no sistema eletrônico da Corte.

A decisão suspende o julgamento dos processos contra o decreto de Lula e a eficácia de decisões judiciais que já tenham afastado a aplicação da nova norma.

O decreto foi assinado em 1º de janeiro, dia da posse do petista na Presidência, e suspendeu normas do governo de Jair Bolsonaro (PL). O próprio governo Lula acionou o STF para reconhecer a validade do novo decreto.

Em 15 de fevereiro, Gilmar concedeu uma liminar (decisão provisória) suspendendo as ações na Justiça contra o decreto de Lula.

Em seu voto, Gilmar reconheceu, em análise preliminar, a constitucionalidade da norma. Conforme o magistrado, o decreto está em “consonância com os últimos pronunciamentos” do Supremo neste tema.

Em suma, observou-se clara atuação inconstitucional no sentido da facilitação do acesso a armas e munições no País, beneficiando especialmente a categoria dos CACs (com interpretação cada vez mais leniente de quem nela se enquadraria), a despeito de outros bens jurídicos constitucionais relevantes, como o dever de proteção vida”, disse Gilmar, em referência aos atos do governo Bolsonaro na questão.

Segundo o ministro, o decreto de Lula teve o propósito de “estabelecer uma espécie de freio de arrumação” na “tendência de vertiginosa flexibilização das normas de acesso a armas de fogo e munições no Brasil enquanto se discute nova regulamentação da matéria”.

O decreto em discussão suspende os registros para a aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito por caçadores, colecionadores, atiradores e particulares, restringe os quantitativos de aquisição de armas e de munições de uso permitido, suspende a concessão de novos registros de clubes e de escolas de tiro, suspende a concessão de novos registros de colecionadores, de atiradores e de caçadores.

Além disso, institui grupo de trabalho para apresentar nova regulamentação ao Estatuto do Desarmamento, que é uma lei de 2003.

Caio César
Compartilhar
Tags: Brasil

Notícias recentes

Abono salarial ainda tem R$ 218,9 milhões; prazo para sacar termina nesta semana

O prazo para resgatar o abono salarial PIS/Pasep, referente ao ano-base de 2022, termina nesta sexta-feira…

1 hora atrás

PF prende membros de grupo suspeito de lucrar R$ 1,4 bilhão com obras superfaturadas

A Polícia Federal cumpre, nesta segunda-feira (23), quatro mandados de prisão preventiva contra suspeitos de integrar um…

1 hora atrás

Brasil registra uma morte por acidente aéreo a cada 58 horas em 2024

O Brasil registrou uma morte por acidente aéreo a cada 58 horas em 2024. A…

1 hora atrás

Ponte que liga Tocantins e Maranhão desaba sobre rio

A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados de Tocantins e Maranhão, desabou…

16 horas atrás

São Paulo é o maior gerador nacional de bioeletricidade a partir de biomassa

São Paulo é o maior gerador nacional de bioeletricidade a partir de biomassa, contribuindo, diretamente,…

16 horas atrás

65% dos MEIs acreditam que 2025 será melhor que 2024, mantendo otimismo para o futuro

A maior parte dos microempreendedores individuais (MEI) continua otimista com a economia brasileira. Segundo levantamento…

18 horas atrás