Era 13 de março de 2013 quando foi eleito o primeiro papa latino-americano da história e também o primeiro jesuíta. Quando anunciaram o nome de Jorge Mario Bergoglio, os italianos que estavam na Praça São Pedro festejaram o sobrenome de origem italiana.
“Parece que os cardeais foram buscar o novo pontífice no fim do mundo”, brincou Francisco, na sacada da Basílica de São Pedro, em seu primeiro pronunciamento aos fiéis. Naquela noite, Francisco, o bispo de Roma, ao lado do amigo brasileiro, o cardeal Dom Cláudio Hummes, já indicava as linhas do seu pontificado: a Igreja deve ter misericórdia, estar presente nas periferias, olhar para os marginalizados e nunca esquecer os pobres.
Como jesuíta, Francisco propôs Sínodos, – reuniões convocadas pela autoridade eclesiástica – consultando bispos e sacerdotes, promovendo debates para avaliar os caminhos da Igreja. Já realizou os Sínodos sobre a Família, sobre os Jovens e para a Amazônia, que em 2019 tratou de assuntos comuns aos nove países do bioma, entre eles o Brasil. Atualmente está acontecendo o Sínodo sobre a Sinodalidade, cujas várias fases culminarão no Vaticano em 2024.
Em 2020 o pontífice escreveu a Exortação Apostólica “Querida Amazônia”. No documento, o Papa afirma que gostaria de ver uma região com mais justiça social, em que a cristianismo não elimina, mas enriquece as culturas locais, onde a ecologia seja defendida e missionários não se envergonhem de Cristo.
O papa ressalta a importância da preservação ambiental e a necessária harmonia entre o homem e a natureza. Temas ecológicos são tratados profundamente no documento Laudato Si, a segunda das três encíclicas que escreveu.
Francisco viajou para 40 países. Como Chefe de Estado, lidera a habilidosa diplomacia do menor país do mundo. Em 2014 colaborou na aproximação entre Cuba e Estados Unidos. Em 2016 teve um encontro histórico com o patriarca ortodoxo russo Kirill, mas a aproximação foi interrompida pelo apoio desta Igreja cristã da Rússia à invasão da Ucrânia.
Em 2018, no campo diplomático, assinou o Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China sobre a nomeação dos bispos.
Segundo a agência de notícias Sir (Serviço de Informação Religiosa), o papa recebeu mensagens de felicitações de diversos líderes mundiais, entre eles o Patriarca Kirill. Na mensagem, o líder religioso parabenizou o papa e disse que “nas difíceis circunstâncias atuais, você está dando uma contribuição significativa para a pregação do evangelho de Cristo e prestando atenção ao desenvolvimento da cooperação inter-religiosa”.
O Papa Francisco decidiu abolir o segredo pontifício nos casos de violência sexual e de abuso de menores cometidos por religiosos, num decreto publicado em dezembro de 2019 pelo Vaticano.
A decisão foi acompanhada por outro decreto, que altera a norma relativa ao crime de pornografia infantil, inserido na categoria de “delicta graviora”, os crimes mais graves, no direito canônico, a posse e difusão de imagens pornográficas. Agora este crime faz referência a menores de 18 anos de idade, em vez dos 14 anos, como acontecia até então.
Francisco foi eleito para reformar. Em 2013, a Igreja católica estava abalada por escândalos sexuais e financeiros, que ficaram conhecidos como Vatileaks. Nestes 10 anos de pontificado, ele fez diversas reformas financeiras e administrativas no Vaticano.
Em 2019, o Pontífice renovou o Estatuto do IOR (Banco do Vaticano), dando origem, em 2020, ao Estatuto da Autoridade de Informação Financeira.
Também em 2019, o Papa Francisco pediu aos jovens do mundo inteiro para juntos discutirem uma proposta de economia sustentável para o planeta. O evento, denominado de “Economia de Francisco”, foi realizado na cidade de Assis, na região da Úmbria, no centro da Itália, em setembro 2022, com a presença do pontífice e cerca de mil jovens economistas e empresários de mais de 120 países de todo o mundo.
Uma das principais propostas é a Reforma da Cúria Romana, o governo central da Igreja. O Papa Francisco revelou em 2022 a Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, que contém o plano para uma reforma orgânica da Cúria Romana. Entre as mudanças contidas nesta Constituição, está a possibilidade que laicos, inclusive mulheres, tenham cargos de responsabilidade no comando dos dicastérios, ou seja, os ministérios da Santa Sé.
Esta reforma desagrada muitos clérigos, pois antes só eles podiam ocupar postos de comando.
Um fato inédito nos últimos seiscentos anos de história marcou o pontificado de Francisco: a renúncia de Bento XVI. Até a morte do Papa Emérito em dezembro passado, muitos comparavam seus estilos: o alemão era sofisticado, reservado e conservador, enquanto o argentino é simples, extrovertido e progressista.
A renúncia de Bento XVI escancarou uma porta na Igreja Católica. Francisco admitiu que por graves problemas de saúde também poderia renunciar.
Mas apesar dos 86 anos e sua fragilidade física que o obriga a usar uma cadeira de rodas, este pastor incansável segue sua missão inicial, privilegiando as periferias do mundo.
Com informações da RFI.
Um homem, suspeito de homicídio, foi baleado e morreu durante um confronto com a Polícia…
Um homem de 20 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (21) no bairro Pacaembu,…
O médico especialista em reprodução humana, Lister Salgueiro, participou do Jornal da Cruzeiro nesta quinta-feira…
No PROGRAME-SE desta quinta-feira destaque para o encontro Entre Árvores e Aves no Sesi de…
O Poupatempo de Sorocaba comemora 13 anos de funcionamento nesta sexta-feira (22). Desde a inauguração,…
Sorocaba recebe, entre os dias 28 e 30 de novembro, a 2ª Feira de Negócios…