Nos últimos tempos, a sociedade, em nível mundial, vem convivendo com um termo, hoje bastante conhecido, e que é bem preocupante: as chamadas fake news.
Essa expressão, ao pé da letra, siginifica notícias falsas, porém, é responsável por causar muitos danos à sociedade; e por quê?
As fake news, que podem ser também definidas como notícias distorcidas, são divulgadas com o intuito de enganar, manipular ou influenciar a opinião pública.
E isso se vê muito na vida política entre adversários e concorrentes partidários.
As notícias falsas podem ter diversas origens, como, por exemplo, interesses políticos, econômicos, ideológicos ou até mesmo humorísticos.
O problema é que, como dito antes, muitas vezes elas se confundem com informações verdadeiras e podem causar danos à sociedade, levando desinformação, polarização, preconceito e violência.
Amanhã, como sabemos, é dia Primeiro de Abril, e, tradicionalmente, chamamos de o Dia da Mentira que, na verdade, trata-se de uma tradicional brincadeira que existe em vários países.
Nesse caso, as pessoas tendem a contar uma mentira para um amigo ou familiar, mas que são, definitivamente, inofensivas.
A origem dessa data é incerta, mas uma das versões mais aceitas é a de que ela surgiu na França, no século 16, quando o rei Carlos Nono adotou o calendário gregoriano e mudou o início do ano, de 25 de março para 1º de janeiro.
Algumas pessoas resistiram à mudança e continuaram a celebrar o ano novo em abril, sendo alvo de piadas e gozações.
Apesar de terem propósitos diferentes, as fake news, que hoje fazem parte da contemporaneidade da população, e o dia da mentira podem acabar se misturando e, em consequência, gerando muita confusão entre as pessoas.
Em tempos de pandemia de Covid-19, por exemplo, muitas notícias falsas sobre a doença, as vacinas e os tratamentos foram espalhadas nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens, colocando em risco a saúde e a vida das pessoas.
Apenas para lembrar algumas delas, temos a história de que a Fiocruz sugeriu a inalação de água sanitária para prevenir a doença; que a claridade da solda elétrica era capaz de curar a Covid-19; que as vacinas contra o coronavírus foram criadas muito rápido e fariam mal à saúde; que os cães e gatos poderiam transmitir o coronavírus; que o chá de erva-doce continha a mesma substância do tamiflu e que, por isso, ajudaria no combate ao coronavírus; que o vírus não resiste ao calor. E por aí foi!!!
Como se vê, todas essas afirmações foram, comprovadamente, falsas e não tinham embasamento científico.
Isso fez com que muitas pessoas também acabassem se expondo ao vírus, se automedicassem, rejeitassem as vacinas ou maltratassem os animais.
Por isso, é muito importante verificar as fontes das informações que recebemos e não compartilhar conteúdos duvidosos ou sem comprovação, como, ainda, ocorre com frequência.
Dessa forma, numa análise simples, no dia da mentira, lembrado amanhã, podemos, sim, nos divertir com as brincadeiras inocentes e as pegadinhas bem-humoradas, mas devemos ter muito cuidado com as fake news e não alimentarmos essa rede de notícias falsas e que podem prejudicar a nós mesmos e aos demais.
Para combater as fake news, é preciso desenvolver o senso crítico e a educação midiática, ou seja, como dito antes, verificar as fontes e a veracidade das informações antes de compartilhá-las.
Devemos, antes de tudo, denunciar essas histórias e desmentir as notícias falsas que circulam nas redes sociais, e apoiar o trabalho de jornalistas e de órgãos de comunicação oficiais que checam os fatos antes de veiculá-los.
As fake news violam os direitos humanos, como a liberdade de expressão, a privacidade e a dignidade das pessoas.
Elas incitam a violência, causam prejuízos à reputação de pessoas e empresas, desacreditam a ciência, manipulam eleições; afetando, por si só, a democracia, a saúde, a segurança e a convivência social.
A verdade é um valor essencial para a convivência social e para o exercício da cidadania, por isso, pode brincar, não há problema, porém, não se valha de fake news para prospectar na sociedade situações e condições perigosas no dia a dia das pessoas.
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