O PT acionou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo para que se posicione sobre o que considera ilegalidades no processo deflagrado na segunda-feira (10) pelo governador Tarcísio de Freitas para a privatização da Sabesp.
Tarcísio assinou em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes um decreto autorizando a contratação de estudos para a privatização da estatal, a maior do estado de São Paulo.
No documento, endereçado pelo deputado estadual Emídio de Sousa ao procurador-geral Thiago Pinheiro Lima, ele diz que não houve “prévia autorização legislativa e observância alguma dos procedimentos determinados sobre a matéria pela Lei de Licitações e Contratos Administrativos” na assinatura do decreto.
“Com efeito, a Constituição Federal estabelece a necessidade de autorização legislativa para a prática de atos ainda que incipientes, mas que importem, ao final, na perda do controle acionário por parte do Estado em empresas estatais, como sociedades de economia mista e empresas públicas e essa exigência visa justamente garantir transparência e publicidade no processo de alienação de ativos públicos como um todo, como um conjunto, quando em análise ou julgamento, assegurando a proteção do patrimônio público”, diz o ofício.
“A autorização legislativa, como se sabe, deve ser feita por meio de lei em sentido formal, passando por todas as etapas do processo legislativo, como a aprovação nas comissões temáticas, a discussão e votação em plenário e a sanção pelo chefe do Poder Executivo.”
O documento ataca ainda a forma de contratação dos estudos, feita por meio de inexigibilidade de licitação.
“A dispensa de licitação, por sua vez, só é permitida em situações específicas e previstas em lei, o que não se aplica, evidentemente, num processo em que se busca terminar com a alienação de ativos de uma empresa pública. Em resumo, a exigência de autorização legislativa ao processo de alienação de ativos de empresas estatais e a obrigatoriedade de licitação para a alienação de bens públicos são fundamentais para garantir a transparência, a publicidade e a proteção do patrimônio público; e é evidente que a dispensa disso tudo em qualquer etapa do processo configura afronta à Lei”, afirma.
Em março, o PT já havia feito movimento semelhante junto ao TCE para suspender a contratação de consultores para a estruturação de venda de outra estatal, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.- EMAE. Na ocasião, o Ministério Público, junto ao TCE, suspendeu a operação.
O movimento integra uma série de dificuldades que se avizinham para que Tarcísio consiga levar adiante processos de privatização no estado, em especial da Sabesp, a maior estatal paulista.
Informações CNN Brasil
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