A Polícia Civil de Sorocaba, por meio da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), esclareceu, em entrevista coletiva nesta terça-feira (18), a prisão do ex-vereador Emílio Ruby, que ocorreu na sexta-feira (14) por suspeita de estupro de vulnerável. Em depoimento, Ruby, de 57 anos, negou as acusações.
Segundo a DDM, o caso chegou ao conhecimento da polícia há um mês, após denúncia anônima acompanhada de um vídeo, gravado sem o conhecimento dele. As imagens mostram o ex-vereador no quintal de sua casa, na zona norte, dentro de uma caixa d’água com duas crianças praticando ato libidinoso. O vídeo foi entregue à Polícia Técnica, resultando em laudo pericial.
“O material deu base para que, tanto o Ministério Público quanto a Polícia caminhassem em uma linha só, para que pudesse ter sido decretada a prisão temporária. Hoje o estupro é tratado de uma maneira geral, não tem mais subdivisões, como atentado ao pudor, por isso estamos tratando dessa maneira”, explicou o delegado seccional de Sorocaba, José Humberto Urban Filho.
As duas crianças, menores de 8 anos, foram identificadas e encaminhadas à Escuta Especializada por meio do Sistema de Garantia de Direitos. Os responsáveis pelas crianças, também prestaram depoimento.
Segundo a investigação, o ex-vereador trabalhava como músico e exercia certa influência na região, na qual oferecia, em datas festivas, por exemplo, brinquedos para a comunidade. Ele foi encaminhado para audiência de custódia e permanece com prisão preventiva decretada. Se necessário, a detenção poderá ser prorrogada por mais 30 dias.
De acordo com a delegada Alessandra Silveira, da DDM, outras pessoas também teriam frequentado o local onde ocorriam os abusos. Entretanto, não se sabe ainda se elas tinham conhecimento do que se passava. Por isso, quem desejar denunciar ou auxiliar com a investigação, acrescentando outras informações, pode entrar em contato com a Delegacia da Mulher de Sorocaba no número (15) 3232-1417.
Este não é o primeiro caso na ficha criminal de Ruby. Nos anos 90, ele também foi processado por estupro de vulnerável. Entretanto, não houve condenação na época.
A investigação segue em segredo de Justiça, a fim de identificar outras possíveis vítimas.
Informações Jornal Cruzeiro do Sul
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