O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na manhã desta quinta-feira (20), do Fórum sobre Energia e Clima entre as principais economias do mundo, realizado de forma virtual e organizado pelo governo dos Estados Unidos.
Em seu pronunciamento, Lula reforçou o compromisso do Brasil em zerar o desmatamento até 2030, ressaltou investimentos na transição energética e pediu que países em desenvolvimento cumpram os acordos de financiamento climático, ainda insuficientes para combater as mudanças no clima global.
Lula também destacou a matriz energética brasileira como a mais limpa do planeta, já que 80% da eletricidade do país vêm de fontes renováveis — usinas hidrelétricas, eólicas, solares, além de etanol e biomassa. A proporção ainda deve aumentar, com novos parques de geração de energia solar e eólica.
O presidente falou sobre parcerias com outros grupos de países, especialmente os que estão na região amazônica – Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela, além do Brasil – e os que ainda têm florestas tropicais a preservar em outros continentes, como República Democrática do Congo, Indonésia e Papua-Nova Guiné.
“Em agosto, vamos reunir os líderes dos oito países amazônicos, com o objetivo de impulsionar uma nova agenda comum para a Amazônia. Reafirmaremos a nossa disposição para trabalhar conjuntamente em projetos de maior alcance, que protejam o bioma e promovam o seu desenvolvimento sustentável. Também trabalharemos com países que detêm florestas tropicais na África e na Ásia. Como sinal de comprometimento, apresentamos a candidatura de Belém, na região amazônica, para sediar a COP30 em 2025”, diz.
Lula também cobrou os países com as maiores economias globais por mais financiamento ambiental, de maneira que países em desenvolvimento possam ampliar seus esforços de preservação ambiental. “Desde que o compromisso foi assumido, em 2009, o financiamento climático oferecido pelos países desenvolvidos mantém-se aquém da promessa de 100 bilhões de dólares por ano. Como disse no início, é preciso que todos façam a sua parte”, lembra.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que, entre outras medidas, irá pedir a liberação de um aporte de US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia nos próximos 5 anos, além de deixar um apelo a outros líderes globais para que façam o mesmo. Ele também afirmou que o país irá doar US$ 1 bilhão para o Fundo Verde para o Clima das Nações Unidas, que também financia projetos ambientais no Brasil.
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