Como sempre, o inevitável vai acontecer!
Não há mais condições plenas de o governo federal nem de o presidente do Senado controlarem a instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar as invasões e ataques registrados em 8 de janeiro na praça dos Três Poderes.
Ela vai ser instaurada!
Com o pedido de demissão do general Gonçalves Dias, que era, até então, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI, ontem, os ventos que, supostamente, estariam favoráveis ao governo, agora, revertem a direção e, como um furacão, chegam ao gabinete do presidente da República.
Imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto, divulgadas pela CNN, mostram funcionários e o próprio general não confrontando invasores que estavam no andar do gabinete do presidente da República naquele 8 de janeiro.
Diante dessa situação, o general Gonçalves Dias achou por bem pedir as contas e tornou-se, assim, a primeira demissão do governo Lula.
E fazendo uso de um atestado médico, o oficial conseguiu, ainda, escapar das garras dos deputados federais, já que ele havia sido convidado ontem para falar sobre os acontecimentos daquele dia ao parlamento.
A grande pergunta é: se as acusações das invasões recaem sobre oposicionistas ao governo por que, então, o próprio governo, que seria a vítima, vinha resistindo tanto à instauração dessa CPMI?
O presidente Lula tentou explicar.
Segundo ele, a tal CPMI dará palanque para a oposição e isso poderá, ainda na avaliação dele, atrapalhar votações consideradas fundamentais para o governo, como a do novo arcabouço fiscal.
Ora, mas se houve crime e o governo está de consciência tranquila sobre o episódio – ou pelo menos deveria estar -, o que impede de a verdade vir à tona, de que forma o resultado da CPMI comprometeria as decisões do governo que, segundo eles mesmos, é inocente nessa questão?
Pois bem, quem não deve não teme, já diz a sabedoria popular.
Portanto, a CPMI sobre o ocorrido deve sim ser instaurada para que os responsáveis sejam identificados e punidos sob o manto da lei, já que se tratam de crimes contra a sociedade brasileira.
Até ontem, o Planalto ainda tinha alguma esperança de retirar assinaturas para a abertura da CPMI, por meio da distribuição de cargos e emendas; mas, agora, não mais.
O governo está convencido de que, após a divulgação dessas imagens, reveladas pela CNN Brasil, não há mais como segurar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que a oposição quer instalar para investigar os atos antidemocráticos.
Também pudera, as imagens obtidas com exclusividade pela rede de televisão revelam ricos detalhes sobre os acontecimentos daquele dia.
A emissora diz que obteve 160 horas de gravação registradas por 22 câmeras, que revelam o que aconteceu, por exemplo, no terceiro andar do palácio.
Segundo a CNN, duas câmeras do circuito interno do Palácio do Planalto registraram imagens do ministro caminhando sozinho no terceiro andar do palácio, na antessala do gabinete do presidente da República.
Ele tenta abrir duas portas e depois entra no gabinete.
Após alguns minutos, o ministro aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns invasores.
É quando as imagens sugerem que ele indica a saída de emergência ao grupo de criminosos.
Em nota, o Gabinete de Segurança Institucional disse que as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar o quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto.
Segundo o GSI, as imagens fazem parte do inquérito da Polícia Federal, instaurado sob sigilo perante o Supremo Tribunal Federal.
Ora, de novo, por que a necessidade de fazer sigilo sobre uma investigação importante para a nação brasileira?
Isso não teria de ser transparente? Foi preciso uma emissora séria e comprometida com a informação trazer à baila essas imagens e, então, forçar os nobres parlamentares a formatarem, de vez, a tal CPMI?
Pois bem, como podemos observar agora, com essas imagens divulgadas, parece ter muito mais por traz desse tal sigilo das investigações do que somente garantir a segurança inviolável do Palácio do Planalto, como dizia, anteriormente, o governo federal.
Essa história precisa ser passada a limpo o mais rapidamente possível; e o governo sabe que agora só tem condições de tentar negociar o controle da CPMI, cuja escolha do presidente deve ficar a cargo do Senado.
A CPMI será formatada por 15 senadores e 15 deputados titulares.
A sessão do Congresso para instauração da CPMI está marcada para a próxima quarta-feira, dia 26 de abril.
Então, agora, é só aguardar os próximos capítulos dessa ópera congressista.
Aqui, na região de Sorocaba, pelo menos dois deputados federais – Jefferson Campos e Simone Marquetto – manisfestaram-se favoráveis à CPMI.
A Cruzeiro FM segue atenta e continuará acompanhando o desfecho dessa importante história, defendendo sempre a verdade dos fatos.
Que esse lamentável episódio na história brasileira não fique sem resposta.
Cruzeiro FM, com você o tempo todo!!!
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