O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu, nesta quarta-feira (26), o requerimento que permite a criação da CPMI (Comissão Mista Parlamentar de Inquérito) dos atos criminosos de 8 de janeiro.
O governo lutou por meses contra a investigação.
A mudança de postura por parte de integrantes e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aconteceu após a divulgação de imagens da CNN Brasil, no dia 19 de abril, que mostram o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, no Palácio do Planalto no dia dos ataques criminosos. A medida levou ao seu pedido de demissão.
Agora, a briga é pelo controle da comissão e pelos cargos de presidente e relator, responsáveis por conduzir a agenda dos trabalhos da CPI.
A presidência deve ficar com o Senado Federal, nas mãos do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). O senador Renan Calheiros (MDB-AL) está pleiteando ser o presidente da comissão, entretanto é difícil ele levar, por suas disputas com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
O senador Humberto Costa (PT-PE), citou que a presidência pode ficar com o senador Eduardo Braga (MDB-AM).
A relatoria, por sua vez, ficará na Câmara. Lira almoçou na quarta com o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro (PL), figura influente na oposição.
Um grupo ligado ao presidente da Câmara estava defendendo o nome de André Fufuca (PP-MA), no entanto, ele é próximo do ministro Flávio Dino, que deve ser um dos alvos principais da oposição nessa CPI, que não quer ele no cargo.
Com isso, o nome do relator ainda está indefinido.
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