Jornalismo

Retorno da paralisa infantil é real e precisa ser enfrentado com ampla vacinação

Superada a polêmica que assolou o Brasil durante a pandemia de Covid-19, a questão da dúvida diante da vacinação em massa está sofrendo sequelas de um debate absolutamente superado e que deveria ser amplamente esclarecida à população, sob o risco de o Brasil retroceder décadas em um combate reconhecido internacionalmente como exemplar.

O SUS, desde sua criação, em um país continental, complexo, desigual, com rincões inatingíveis sem esforços gigantescos, conseguiu a proeza de criar uma rede de prevenção imunológica que é referenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). É motivo de orgulho.

Os dados que nos chegam da queda na vacinação, de forma geral — e, especificamente, da poliomielite —, podem não ser inexplicáveis, mas são aterradores. A doença chegou a ser erradicada em nosso território em 1989. Ficamos décadas sem um único caso dessa moléstia cruel, incapacitante e cercada de estigmas.

A cobertura vacinal da paralisia infantil, como é popularmente conhecida, tem diminuído ano a ano. Não há nenhuma dúvida quanto à completa eficácia desse remédio, à ausência de efeitos colaterais, e, principalmente, ao livramento de uma chaga extremamente brutal.

O movimento antivacina, quando se volta para medicamentos de comprovação histórica, inquestionável, torna-se instrumento de uma tragédia anunciada. Em breve, é questão estatística, voltaremos a ver crianças nascendo mutiladas, por exclusiva negligência ou ignorância dos pais. O governo, inclusive o anterior, já havia avisado desse risco pandêmico.

Não estamos com dúvida de que no passado recente esses movimentos pareceram razoáveis a muita gente. Não. Todo brasileiro deve abraçar as campanhas de vacinação em massa em curso no Brasil. O pior já passou, vamos voltar a caminhar juntos, ao lado da boa ciência.

As informações são do Portal R7.

Cibelle Freitas
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