Monitoradas atentamente pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, as projeções para a inflação oscilaram pouco no Boletim Focus desta semana, conforme divulgação desta segunda-feira (15) realizada pelo Banco Central. A expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano na Focus passou de 6,02% para 6,03%, numa leve aceleração após uma semana de redução.
No mês anterior, a mediana era de 6,01%. Para 2024, ano em que o Banco Central mira na estratégia de convergência da inflação para a meta, a projeção passou de 4,16% para 4,15%, contra 4,18% de quatro semanas atrás.
Considerando somente as 63 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 cedeu de 6,01% para 6,00%. Para 2024, caiu de 4,20% para 4,12%, considerando 61 atualizações no período.
Apesar da queda nesta semana, a mediana na Focus para a inflação oficial em 2023 segue acima do teto da meta (4,75%), apontando para o terceiro ano de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana já está acima do centro da meta (3,00%), mas ainda dentro do intervalo de tolerância, que vai até 4,50%.
O Boletim Focus mostrou estabilidade no cenário de crescimento econômico para este ano. A mediana para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 oscilou de 1,00% para 1,02%, contra 0,90% há um mês.
Já considerando apenas as 40 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 passou de 1,02% para 1,00%.
Para 2024, o Relatório Focus mostrou queda marginal na estimativa de crescimento do PIB, de 1,40% para 1,38%, contra 1 40% de um mês atrás. Considerando apenas as 37 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 recuou de 1,37% para 1,27%.
Em relação a 2025, a mediana recuou de 1,80% para 1,70%, ante 1 72% quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que continuou em 1,80%, repetindo a taxa esperada há um mês.
O Banco Central elevou sua estimativa para o crescimento do PIB deste ano de 1,0% para 1,2% no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.
Já na grade de parâmetros divulgada em março pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, a estimativa do governo para a expansão da atividade em 2023 passou de 2,1% para 1,61%.
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