À medida que as tecnologias avançam, uma nova esperança surge para os pacientes portadores de paraplegia ou em processo de reabilitação após um acidente vascular cerebral (AVC). Em um futuro próximo, é possível que eles encontrem em suas próprias residências um aliado de última geração: um exoesqueleto robótico para auxiliá-los não só no tratamento, mas também em tarefas domésticas cotidianas. O cenário é vislumbrado por Linamara Rizzo Battistella, presidente do conselho diretor do Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da USP.
Segundo ela, esse é um dos potenciais da parceria firmada nesta semana pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Rede Lucy Montoro, e a empresa francesa Wandercraft para pesquisa científica e tecnológica com exoesqueletos robóticos. O acordo de cooperação vai permitir o desenvolvimento de estudos e avaliações do uso do equipamento para auxiliar a movimentação de pacientes em reabilitação.
“Essa busca de devolver a condição de marcha para pessoas com lesões medulares, com AVC, com Parkinson, com paralisia cerebral é muito antiga. E agora esses equipamentos vêm surgindo como alternativa”, afirma Linamara, que também é uma das idealizadoras da Rede Lucy Montoro, centro de referência em atendimento a pessoas com deficiência e doenças incapacitantes.
Nesta tecnologia inédita, a pessoa “veste” o exoesqueleto e, com o movimento do próprio corpo, o robô inicia a marcha. O modelo conta com um sistema que controla o centro de gravidade do usuário para dar maior equilíbrio. Programado de acordo com os objetivos do paciente, o robô pode se inclinar, sentar e levantar, andar de frente, de costas e de lado, além de subir degraus. “Ficar de pé é também um estímulo cerebral importantíssimo”, afirma Linamara.
A médica explica que uma das vantagens do equipamento em relação a outros que já existem no mercado é a capacidade de ser adaptado para diferentes perfis de pacientes.
“Ele é muito leve e se adapta a pessoas de diferentes alturas e pesos. Isso significa que eu não preciso ter um equipamento para cada um. Dentro do centro de reabilitação, eu posso ter um equipamento que atinja vários pacientes”, diz.
As informações são do Governo de SP
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