A Câmara de Votorantim acatou, nesta terça-feira (27), a denúncia contra a prefeita Fabíola Alves (PSDB) por supostas irregularidades administrativas. A decisão foi tomada por 7 votos a 4, sendo contrários os vereadores Zelão (PT), César Silva (Cidadania), Robson da Farmácia (PSDB) e Rogério de Lima (PP).
Fabíola enfrenta um clima de instabilidade política desde a semana passada, quando a denúncia foi protocolada na Câmara por Paulo Nogueira dos Santos, coordenador de obra. Segundo o documento, a prefeita teria cometido infrações político-administrativas ao aumentar o salário de agentes políticos pela Revisão Geral Anual (RGA).
A sessão que analisou a denúncia foi marcada por manifestações de populares que apoiam a prefeita. Eles se concentraram em frente ao prédio do Legislativo com cartazes e um carro de som, e gritaram palavras de ordem contra o presidente da Câmara, Thiago Schiming (PSDB), o chamando de “golpista” e “vigarista”. O plenário teve acesso restrito aos manifestantes.
O vereador César Silva (Cidadania), 1º secretário da Mesa Diretora, foi o responsável por ler a denúncia na sessão. A Comissão Processante, para dar prosseguimento ao processo de cassação da prefeita e do vice-prefeito Rodrigo Kriguer (PSD), foi formada por meio de sorteio. A composição ficou da seguinte forma: Zelão (PT), como relator; Luciano da Silva (Podemos), presidente; e Cirineu Barbosa (PMN), membro.
Cabe destacar que o afastamento da prefeita Fabíola não foi colocado em votação. Desta forma, ela continua no cargo, assim como o vice Kriguer.
Com a Comissão Procerssante estabelecida, os próximos passos são a citação dos réus, oitiva de testemunhas, entre outros procedimentos.
A comissão elaborará um relatório final que será submetido à apreciação do plenário. A cassação dependerá da aprovação de 2/3 (dois terços) dos vereadores. Em caso de cassação de Fabíola e Kriguer, Thiago Schiming assumirá o comando da cidade.
Protesto contra o presidente da Casa
Com o rosto do presidente impresso em notas falsas de R$ 100, os manifestantes protestaram contra o que chamaram de “República Federativa do Golpe”. As cédulas, que também continham frases como “100 vergonha” e “talarico”, foram atiradas na tribuna onde se encontravam os vereadores. Os manifestantes ainda denunciaram uma suposta manobra do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), de Sorocaba, para lançar seu irmão, Weber Maganhato, do mesmo partido, como candidato a prefeito nas eleições de 2024.
Ataque aos vereadores
Moedas lançadas pelos manifestantes feriram os vereadores Gaguinho (PTB) e Zelão (PT). Gaguinho sofreu um corte na testa por causa do impacto.
Informações Jornal Cruzeiro do Sul
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