O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começa nesta terça-feira (19) a sua sexta reunião de política monetária de 2023. O encontro se estende até a quarta-feira (20), quando o grupo deverá anunciar sua decisão sobre a taxa Selic, hoje em 13,25 ao ano.
A expectativa do mercado é que o Copom anuncie um corte de 0,5 ponto percentual, chegando a uma taxa básica de juros de 12,75% ao ano.
Em uma pesquisa realizada pelo BTG Pactual com 57 agentes do mercado entre os dias 12 a 15 de setembro avaliou que cerca de 93% dos participantes espera que o Copom corte a Selic em 0,5 ponto percentual nesta reunião.
Em novembro, aproximadamente 90% dos agentes preveem outro corte de 0,5 ponto. Nas reuniões seguintes, o corte de 0,5 ponto segue predominante, mas a aposta em uma redução de 0,75 ponto percentual se eleva e atinge cerca de 42% na primeira reunião de 2024.
As projeções vão ao encontro do que foi sinalizado na ata da última reunião da autarquia.
Em agosto, os membros do comitê anunciaram que concordavam “unanimemente com a expectativa de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.
O Itaú avalia que, enquanto o Comitê reforçar que há unanimidade para manutenção do ritmo de corte de juros, não há espaço para discussão sobre uma potencial aceleração do ritmo de cortes no curto prazo.
A indicação de que os próximos cortes nos juros serão de 0,5 ponto percentual também está em linha com as estimativas dos economistas ouvidos pelo BC no último boletim Focus, que espera Selic de 11,75% ao fim de 2023.
Segundo a ata da última reunião do Comitê, o ritmo de cortes de 0,5 ponto em agosto coloca, de um lado, o “firme compromisso” com a reancoragem de expectativas e a dinâmica desinflacionária e, de outro, o ajuste no nível de aperto monetário em termos reais diante da melhora das expectativas para a inflação.
O Comitê avaliou também que, embora não exista evidência de seja necessário um aperto monetário além do já promovido, o cenário ainda inspira cautela.
Para os membros da autarquia, o ambiente externo ainda é incerto, com início de desinflação em curso, mas com núcleos elevados, desaceleração gradual da atividade e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países.
Em paralelo, os bancos centrais das principais economias seguem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, seja dando continuidade a seus ciclos de aperto monetário, seja sinalizando um período prolongado de juros elevados para combater as pressões inflacionárias.
“Tal postura segue demandando maior cautela na condução das políticas econômicas, particularmente por parte de países emergentes”, reforçou a ata da última reunião.
Em relatório, o banco Bradesco afirmou que a dinâmica favorável da inflação corrente, sobretudo nos serviços subjacentes, contrabalanceou a volatilidade do ambiente externo e as incertezas fiscais, “trazendo conforto para o BC seguir com seu plano de voo de cortes de mesma magnitude por reunião”.
Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,23% em agosto, na comparação com o mês anterior, após registrar uma alta de 0,12% em julho. O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado.
Após os dados divulgados, os economistas do Boletim Focus reduziram a projeção para a inflação ao final deste ano para 4,86%, contra 4,93% anteriormente.
As informações são da CNN Brasil.
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