O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve retomar o horário de verão em 2023. Caso a tendência se confirme, este será o 5º ano sem o mecanismo. O horário especial foi extinto em 2019, no governo Jair Bolsonaro (PL).
Até o momento, as análises técnicas feitas de forma constante pelo MME (Ministério de Minas e Energia) indicam não haver necessidade de adoção da medida, visto que há plena segurança de fornecimento de eletricidade.
Apesar da avaliação técnica, a decisão de reimplementar o mecanismo, porém, cabe ao Palácio do Planalto. Em 2022, dias depois de vencer a eleição, Lula insinuou que poderia retomar o horário de verão. O MME confirmou que quanto às condições energéticas do SIN (Sistema Interligado Nacional) para o ano de 2023, há “recursos energéticos mais do que suficientes para a garantia do atendimento”. O horário de verão tinha o objetivo de frear o consumo de energia, sobretudo no período noturno, o de maior demanda, aproveitando mais a claridade do dia. Isso porque esse consumo naturalmente.
O horário de verão tinha o objetivo de frear o consumo de energia, sobretudo no período noturno, o de maior demanda, aproveitando mais a claridade do dia. Isso porque esse consumo naturalmente aumenta a partir do final do ano, quando os reservatórios ainda começam a se recuperar da fase menos chuvosa.
Atualmente, porém, mesmo com o período de seca, os reservatórios dos principais subsistemas do país estão operando acima de 70% da capacidade, segundo dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Alguns beiram 90%. É um percentual bem elevado e confortável para este período do ano.
ENERGIAS RENOVÁVEIS
Além disso, a expansão da geração eólica e solar nos últimos anos também contribui para garantir o fornecimento, e com custos menores. Essas fontes já respondem por quase 25% da matriz elétrica nacional, também segundo o ONS.
As renováveis, porém, acabam impulsionando a demanda por energia elétrica no turno da noite, o que também foi considerado pelos técnicos do MME e pode pesar na definição, se não em 2023, para os próximos anos.
Com o relevante crescimento da micro e minigeração distribuída a partir de fontes solares, tem-se notado um aumento no consumo durante a noite, visto que a autogeração só é feita durante o dia, quando há sol. O ministério afirma que isso poderia ser reduzido com a adoção do horário de verão.
As informações são do site Poder 360.
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