Com dez anos de atuação no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso assume a presidência da Corte nesta quinta-feira (28) no lugar de Rosa Weber. Ele comandará o Supremo por um mandato de dois anos.
A sessão que confirmou a passagem para Barroso aconteceu em 9 de agosto de 2023, também confirmando que Edson Fachin assumirá a vice-Presidência da Corte.
Barroso comandará a Suprema Corte em um período de investidas do Legislativo. O mais recente movimento se consolidou em torno do apoio a uma proposta que dá poder ao Congresso para suspender, por maioria qualificada, decisões não unânimes da Corte.
Congressistas da bancada ruralista apoiam a iniciativa, além de outras 15 frentes parlamentares, como a Evangélica e a da Segurança Pública. A oposição no Legislativo pressiona para combater o que chama de “ativismo judicial” e “contínua usurpação de competência pelo Supremo Tribunal Federal”.
A bancada ruralista pretende tocar propostas com intuito de validar o marco temporal para demarcações de terras indígenas, em contestação a decisão do STF, que derrubou a tese.
Outros episódios recentes e ainda não equacionados de insatisfação do Legislativo com o Judiciário se deram com as votações no STF sobre validade da contribuição sindical por todos os trabalhadores e descriminalização de drogas para consumo pessoal e do aborto nos três primeiros meses de gestação.
Barroso teve atuação central nos três casos. Ele foi responsável por formular a proposta que passou a ter apoio da maioria dos ministros e reverteu a posição do Supremo sobre contribuição sindical.
Partiu do magistrado a primeira sugestão para diferenciar usuário de maconha de traficante, ainda em 2015: 25 gramas da droga ou a plantação de até seis plantas fêmeas. Na retomada do julgamento, em agosto deste ano, sugeriu aumentar o parâmetro para 100 gramas.
No caso do aborto, coube a Barroso fazer o pedido para tirar a votação do plenário virtual e levá-la ao físico.
Ao assumir a presidência, Barroso terá que decidir se retoma ou não o julgamento desses dois últimos casos. O ministro também decidirá quando e como pautar as próximas ações penais contra os acusados de executar os atos de 8 de janeiro.
Os três primeiros réus foram condenados a penas de 14 a 17 anos de prisão, em julgamento no plenário físico da Corte, com debate entre os ministros. Outros cinco réus estão sendo julgados no plenário virtual.
A continuidade dos casos no formato, que não tem debate, foi uma solicitação do relator Alexandre de Moraes que foi aceita pela presidente Rosa Weber. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contestou a escolha, dizendo que há violação do direito de defesa.
Os ataques de 8 de janeiro promoveram uma comoção dos integrantes da Corte com o trabalho de Weber e marcaram profundamente a gestão da ministra. Ela foi a responsável por comandar a reconstrução do plenário em menos de um mês, para possibilitar a sessão presencial na abertura do ano do Judiciário, em 1 de fevereiro.
Sob a presidência de Barroso, o STF deverá dar continuidade às análises das mais de 220 ações sobre os ataques.
As informações são da CNN Brasil.
Os turistas que estão pensando em alugar uma casa ou apartamento para passar o Natal…
O voluntariado é uma das formas mais nobres e eficazes de contribuir para a criação…
As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) representam um desafio para os hospitais no…
O Arcebispo de Sorocaba, Dom Júlio Endi Akamine, foi entrevistado no Jornal da Cruzeiro nesta…
O prazo para resgatar o abono salarial PIS/Pasep, referente ao ano-base de 2022, termina nesta sexta-feira…
Começamos a semana com destaque para exibição de filme de graça na biblioteca municipal de…