Editorial

Editorial: Voo de galinha 29/09/2023

Nesta semana, a notícia da ida da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao estádio do Morumbi, em São Paulo, usando uma aeronave da Força Aérea Brasileira, para assistir à final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo, reforça uma polêmica que já é rotina no dia a dia do governo atual.

Sob a alegação de que a ministra estava em uma missão oficial não ajudou muito a amenizar a situação.

A ministra é flamenguista, mas disse que foi ao Morumbi em missão oficial para assinar um protocolo de intenções de combate ao racismo nos esportes.

Todavia, essa alegação não surtiu muito efeito e, ainda, piorou a situação quando assessoras da ministra, que viajaram junto, utilizaram as redes sociais para criticar a torcida são-paulina e ofender os paulistas.

Tudo isso, entretanto, serviu como pano de fundo para trazer à tona os gastos financeiros que o atual governo tem imprimido aos cofres públicos, a fim de atender aos exageros de ministros e, até mesmo, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua esposa, Janja, com muitas viagens.

De acordo com levantamento do jornal Folha de São Paulo, publicado nessa quinta-feira, o Ministério da Igualdade Racial comprometeu quase metade da verba de uso livre em 2023 com viagens de assessores e dirigentes.

Para este ano, o ministério tinha reservado o valor de cerca de R$ 12,5 milhões para esses gastos livres.

Mas, conforme o Portal da Transparência, quase metade desse valor já foi gasto com viagens.

A chefe da Assessoria Especial da pasta, Marcelle Decothé, que foi exonerada do cargo devido a mensagens ofensivas de cunho racial em seu perfil no Instagram, gastou, por exemplo, mais de 130 mil reais com diárias e passagens aéreas.

Formalmente, a dotação orçamentária do Ministério da Igualdade é de R$ 109,9 milhões para este ano.

Esse exemplo recente da viagem da ministra Anielle Franco é apenas um entre outros tantos que envolvem outros ministérios e o próprio presidente.

Juntos, já gastaram mais de R$ 25 milhões no primeiro semestre com viagens internacionais, conforme levantamento de parte do Senado.

Isso, segundo o senador Eduardo Girão, do Novo, já equivale a um rombo de 45 bilhões de reais nas contas públicas.

De acordo com ele, ministros têm utilizado com frequência aviões da FAB para viajarem para seus estados de origem para aproveitar feriados e finais de semana.

Segundo o parlamentar, enquanto o planalto gasta altos valores para viagens extravagantes, cerca de 21 milhões de famílias necessitam de alguma ajuda do Executivo para sobreviver.

No entanto, o presidente Lula e seus ministros parecem não se preocupar muito com essas questões, já que abusam da gastança com o dinheiro dos impostos.

A festa chega aos cartões corporativos do Palácio do Planalto.

Conforme dados da Folha de São Paulo, com base no Portal da Transparência, Lula tem gastado cerca de 1 milhão e 100 mil reais por mês, e isso o coloca no topo do ranking de custos bancados pelo cartão presidencial, ficando acima de Bolsonaro, Temer e Dilma.

As despesas do presidente já chegam a R$ 8 milhões, conforme o Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União.

Todo esse déficit mostra que o governo já gastou mais do que arrecadou nos primeiros oito meses deste ano, abrindo um rombo de mais de 104 bilhões de reais.

E isso porque, em 2022, Lula precisou negociar incansavelmente com o Congresso a aprovação de uma PEC para elevar os gastos em até 168 bilhões de reais neste ano, com o discurso de reequilibrar as contas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que os gastos ainda são resquícios de contas de governos anteriores, mas prometeu que, no ano que vem, vai zerar o déficit.

Situação que se agrava por conta dos altos gastos de ministros e de suas pastas com despesas desnecessárias para o Brasil, em especial, nesse período em que o mundo não passa por uma condição econômica tranquila.

É preciso que o presidente e seus ministros, entre outros, tomem a consciência de que precisam colocar o pé no freio e parar com esses gastos desnecessários e passar a se preocupar mais com a situação econômica do povo brasileiro.

O governo federal precisa deixar Nárnia, acordar para a vida e começar a usar o dinheiro público com responsabilidade e voltado para as dificuldades do cidadão brasileiro.

Do jeito que vai, o avião pode acabar ficando sem combustível.

Cruzeiro FM, com você o tempo todo!!!

Cibelle Freitas
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