Sorocaba é uma cidade repleta de monumentos históricos. Os símbolos estão espalhados por todas as regiões do município, principalmente, na área central. Porém, todo esse patrimônio tem sido alvo frequente de furtos e vandalismo.
Um levantamento do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba (IHGGS) analisou 33 dos principais monumentos da cidade. A pesquisa constatou que 23 deles estão com itens furtados ou vandalizados e apenas 10 em bom estado de conservação, mas precisando de limpeza ou pequeno reparo.
Na última semana, o Cruzeiro do Sul visitou diversos endereços dos principais monumentos do Centro. A estátua de Baltazar Fernandes, localizada no Largo de São Bento, estava apenas com um dos seus quatro brasões. Na praça Coronel Fernando Prestes, o monumento de Joaquim Marques Ferreira Braga, o Dr. Braguinha, também estava sem o brasão e a placa. Na praça Arthur Fajardo (do Canhão), criminosos teriam tentado retirar a placa do monumento a Brigadeiro Tobias, porém, não conseguiram e apenas danificaram o patrimônio.
Na praça Marcelino Rusalen Netto, na rua Salvador Corrêa, mais obras apresentavam danos. As placas do busto de Allan Kardec não estavam pregadas e o monumento estava pichado. Já o relógio, que também fica no local junto com o Monumento aos Bandeirantes, estava vandalizado.
Há monumentos que não foram furtados, porém estão pichados. Esse é o caso da Fonte Luminosa, da praça Dr. Ferreira Braga, o Largo do Rosário, conforme aponta o levantamento do IHGGS. Ainda de acordo com o Instituto, o monumento em alusão à Revolução Constitucionalista de 1932, na praça Nove de Julho, está com detalhes de mármore quebrado em seu topo. Já os bustos de José Crespo Gonzales, no Largo de São Bento e Monsenhor Cangro, na rua Álvaro Soares com a rua da Penha estariam precisando de limpeza. Todos os monumentos da praça da Maçonaria estão conservados.
Para o arquiteto especialista em restauro e intervenção do patrimônio histórico e presidente do Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, Turístico e Paisagístico de Sorocaba (CMDP), Alberto Streb, esses danos ao patrimônio são causados por dois motivos. “Não são placas que enferrujam, é um metal nobre. A fixação também não é tão forte. Antigamente era uma fixação mais forte. O pessoal precisava ter uma ferramenta adequada para tirar, pegar o metal e vender. E, por outro lado, eu vejo que é uma questão de alguns grupos da sociedade, de querer destruir os valores da cidade”, opinou.
Adilson Cezar, presidente do IHGGS, acredita que o caminho para diminuir esses tipos de ocorrências é a educação e segurança. “Uma boa formação que valorize a família, o local, o regionalismo e a pátria, trazem ao estudante uma nova visão de mundo, de ordem, responsabilidade e de valores que precisam ser cultivados”, declarou. “Não se trata de imposição, mas de compreensão, apoio e reunião a detalhes que refletem a importância do ato. Bem como a denúncia no caso”, completou.
Adilson Cezar sugere que um gradil abrangendo todo o perímetro urbano do Mosteiro de São Bento, com uma grade de proteção, seja implantado. “Tendo horário de abertura e encerramento, permitindo fixação de barracas com artigos diversos sobre a caixa d’água. De uma atividade, se extrairia a parte econômica para as construções necessárias e, por outro lado, também estimularia o fluxo de pessoas, renovando o acesso e atividades para o Centro”, defendeu.
Questionada pela reportagem, a Prefeitura de Sorocaba informou que estão sendo providenciados a reposição de todos os objetos furtados dos monumentos. Um deles, inclusive, já foi recolocado na estátua de Baltazar Fernandes, em frente ao Mosteiro São Bento. Com relação à manutenção, cada monumento está sendo vistoriado para que sejam tomadas providências de reparo.
A Prefeitura garantiu que o município, em conjunto com as forças policiais, tem adotado uma séria de medidas de inteligência e prevenção. Uma dessas ações, impediu, inclusive, um furto ao monumento de Baltazar Fernandes em 14 de setembro, quando a Guarda Civil Municipal (GCM) deteve um homem, de 33 anos, após ser flagrado pelo sistema de videomonitoramento. Ele tentava retirar uma placa histórica. O caso foi apresentado na Delegacia Participativa de Polícia (DPP) da zona norte.
A Prefeitura disse que mantém equipes da GCM atuando 24 horas por dia, realizando patrulhamento preventivo dos espaços e próprios públicos, com vistas à segurança do patrimônio e, principalmente, da população. Também são utilizadas tecnologias avançadas, como câmeras de vigilância que permitem o acesso às imagens em tempo real.
Há, ainda, as operações integradas em ferros-velhos para combater casos de receptação de materiais sem procedência e inibir furtos em todas as regiões da cidade. (Com informações do jornal Cruzeiro do Sul)
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