O julgamento da procuradora-geral de Nova York contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e os seus filhos mais velhos por fraude deve começar nesta segunda-feira (2). Um tribunal de recurso estatal negou o pedido de Trump para suspender o julgamento.
Na terça-feira passado (26), o juiz Arthur Engoron considerou Trump e seus co-réus responsáveis por fraude e afirmou que eles forneceram demonstrações financeiras falsas durante cerca de uma década.
O gabinete da procuradora-geral Letitia James, responsável pelo processo civil contra Trump, disse: “estamos prontos para o julgamento e ansiosos para apresentar o resto do nosso caso”.
O processo alega que Trump, três de seus filhos, suas empresas e seus executivos fraudaram credores, seguradoras e outras entidades, e que o ex-presidente obteve um benefício financeiro “substancial” ao apresentar informações equivocadas em suas demonstrações financeiras, incluindo 150 milhões de dólares (cerca de R$ 748 milhões, na cotação atual) sob a forma de taxas de juro favoráveis que obteve dos bancos.
O ex-presidente deve comparecer presencialmente no julgamento. Trump pediu o adiamento de seu testemunho em um caso não relacionado, no qual ele processa seu ex-advogado Michael Cohen, pois entraria em conflito com a data do julgamento em Nova York.
O juiz que concedeu este adiamento disse que Trump “solicitou novamente que o tribunal remarcasse seu depoimento para que ele pudesse comparecer pessoalmente ao julgamento previamente agendado em Nova York. O requerente [Donald Trump] declarou que, agora que as decisões pré-julgamento no caso foram proferidas e o cenário mudou, era imperativo que ele comparecesse pessoalmente ao seu julgamento em Nova York – pelo menos nos dias da primeira semana de julgamento, quando muitas decisões estratégicas devem ser realizadas.”
Questionado por repórteres em Los Angeles na noite de sexta-feira (29) se iria ao julgamento na segunda, Trump respondeu: “Posso ir, posso ir, sim”.
A equipe de Trump está estudando planos para recebê-lo em Nova York na próxima semana, segundo duas fontes. No entanto, até a noite de sexta-feira, a viagem ainda não estava confirmada.
Memo assim, o Serviço Secreto dos EUA e o Departamento de Polícia de Nova York já se reuniram com autoridades de segurança do tribunal para planejar o esquema de segurança envolvendo uma possível aparição de Trump no julgamento nesta semana, disse um policial.
No julgamento, a procuradora-geral Letitia James não precisa provar que as demonstrações financeiras são falsas. Ela busca provar que Trump, os seus filhos mais velhos, a Trump Organization e parte dos seus funcionários conspiraram para falsificar registos comerciais, emitir demonstrações financeiras falsas e se envolver em fraudes de seguros.
Ela pede ao juiz que proíba Trump e seus filhos de atuarem como diretores de empresas no estado de Nova York e os impeça de se envolverem em negócios no estado por cinco anos.
As informações são da CNN Internacional.
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