A 9ª edição da corrida Pink do Bem Ossel Assistência reuniu três mil participantes na manhã deste domingo (29), em Sorocaba. As largadas da provas de cinco e dez quilômetros, assim como da caminha de três quilômetros ocorreram por volta das 7h30, no parque das Águas, no Jardim Abaete. O número de inscritos bateu recorde neste ano. A renda arrecada com o evento será revertida em prol da Liga Sorocaba de Combate ao câncer. A iniciativa é promovida pela Liga, com organização da Associação de Atletismo Santi Pegoretti (AASP) e marketing esportivo da Pepper Sports.
Com a verba angariada, a Liga paga mamografias e biópsias para mulheres que aguardam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade.“Nosso intuito é ajudar a zerar a fila do SUS, seja de mamografias ou biópsias. No que pudermos, nós vamos ajudar”, disse a presidente da entidade, Marisa Lopes.
Ainda segundo Marisa, o recorde de inscritos nesta edição indica que as pessoas tem percebido, cada vez mais, a importância de apoiar a causa e, também, de cuidar da própria saúde.“Isso indica que o pessoal está tomando consciência de que é preciso prevenir o câncer de mama”, falou. Ela ainda lembrou que a corrida faz parte do calendário do município de eventos oficiais em alusão à campanha Outubro Rosa.
Desde o 2º ano de realização da Pink do Bem, a entidade já pagou mais de 150 mil exames para pacientes, entre mamografias e biópsias, de acordo com a diretora social da Liga, Erica Soares Cannavan Mora.“No ano passado, conseguimos zerar a fila do SUS para biópsias”, comentou. Ela também destacou a importância de as mulheres sempre fazerem o autoexame de mama. “A pessoa mais importante na sua vida é você, então, se toque”.
Conforme a gestora da corrida, Luciana Pepper, o evento alia conscientização, solidariedade, incentivo à pratica esportiva, bem como ao autocuidado. “Percebemos que as pessoas estão mais preocupadas com a sua qualidade de vida, com a saúde e praticando esporte, e isso que é mais legal”, comentou.
Tanto atletas profissionais, quanto amadoras disputaram as provas. A assistente de comércio exterior Thayná Nayara de Sousa Lima, de 24 anos, esteve na caminhada de três quilômetros pela primeira vez. Inspirada pela história de uma tia que enfrentou o câncer de mama, ela não pensou duas vezes em ingressar em um mutirão para participação na corrida organizado pela empresa onde trabalha.
A partir de agora, a jovem pretender se inscrever no evento esportivo anualmente. Ela já tem até mesmo metas para as próximas edições — conseguir completar os percursos de cinco e dez km. “A gente vê como é importante apoiar a causa e divulgá-la”, apontou.
Thayná também motivou a mãe, a berçarista Irenilda de Souza Lima, de 51 anos, a fazer parte dessa corrente do bem. Por ter acompanhado a luta da irmã contra a doença, ela aceitou o desafio e fez o trajeto de cinco km. “Agora, não vou parar mais”, garantiu.
Já a analista de seguridade Adriana Mendes de Almeida Martins, de 52 anos, participou pela quarta vez. Neste ano, devido a uma cirurgia, optou pela caminhada, mas, nos anteriores, encarou as corridas. Depois de acompanhar a batalha de amigas contra o câncer de mama, ela encontrou na Pink do Bem uma forma de apoiar os pacientes diagnosticados com a doença.“Eu vi a luta delas, sempre muito sofrida, porque a pessoa acaba sofrendo bastante, então, eu comecei a participar para poder ajudar todas essas pessoas que passam por esse momento difícil”, contou.
Além das provas, o evento teve tendas com vários serviços para o público, como massagem, aulas de dança e sorteios de brindes.
Reportagem de VINICIUS CAMARGO
Jornal Cruzeiro do Sul
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