Jornalismo

Polícia Federal e CGU fazem Operação contra desvio de recursos públicos em Sorocaba

A Polícia Federal, em ação integrada com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou, nesta quinta-feira (23), a Operação SEPSIS, para cumprir 23 mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Sorocaba, Salto de Pirapora, Cabreúva, Mogi-Mirim e São José dos Campos.

Para cumprimento das ordens judiciais estão sendo empregados mais de 100 servidores, dentre policiais federais e auditores da CGU.

A investigação tem por objetivo apurar práticas ilegais envolvendo a gestão de recursos públicos na execução de Termo de Convênio, celebrado em março de 2022, entre a Prefeitura Municipal de Sorocaba e uma Organização Social Sem Fins Lucrativos, para a gestão de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no município de Sorocaba.

Durante a investigação, foram colhidos indícios de desvios de recursos públicos por meio da subcontratação de empresas supostamente fornecedoras de produtos e serviços à Organização Social. Também foram constatadas transferências de elevados valores das contas da organização social e das empresas subcontratadas para contas correntes de familiares ligados à Diretoria da Organização Social.

A investigação tem por escopo, ainda, apurar possíveis práticas de lavagem de dinheiro relacionadas à aquisição e emplacamento de veículos em nome das empresas subcontratadas, os quais estariam sendo utilizados pelo núcleo familiar controlador da Organização Social.

Apuram-se, por fim, nessa mesma investigação, eventuais crimes contra a Administração Pública, no curso no processo licitatório que resultou no Termo de Convênio firmado em março de 2022.

Além, dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens e bloqueio de valores no montante de R$ 24.109.127,00 contra pessoas físicas e jurídicas investigadas e a proibição de a Administração Pública firmar novos contratos com algumas das pessoas jurídicas investigadas, bem como o embargo de qualquer alteração dos quadros sociais das empresas investigadas e a proibição de que as pessoas físicas integrantes de seus atos societários ingressem em novas ou nas mesmas sociedades.

Na manhã desta quinta-feira (23) uma coletiva de imprensa no auditório da Delegacia da Polícia Federal em Sorocaba, trouxe mais detalhes sobre o caso.

Ouça na reportagem de André Fazano.

Cibelle Freitas
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