A trégua nos combates entre Hamas e Israel teve início às 2h desta sexta-feira (24), no horário de Brasília (7h, no horário local). A medida faz parte de um acordo para libertação de 50 reféns pelo grupo radical islâmico.
A primeira leva de pessoas que será solta terá 13 mulheres e crianças. Isso deve acontecer às 11h desta sexta, no horário de Brasília (16h, no horário local).
O acordo, aprovado na terça-feira (21), é o primeiro do tipo para libertação e para pausa no conflito desde o início da guerra, em 7 de outubro, sendo considerado um grande avanço diplomático.
Em contra-partida, Israel deve soltar prisoneiros palestinos de suas prisões. É esperado que 39 mulheres, adolescentes e crianças sejam libertados neste primeiro momento.
Além disso, os Estados Unidos e o exército israelense suspenderão o uso de drones enquanto a trégua acontecer.
Segundo pontuou o governo israelense, um dia de cessar-fogo poderá ser adicionado a cada 10 reféns soltos.
A trégua também permitirá a entrada de “um maior número de comboios humanitários e ajuda humanitária”, segundo comunicado. O Egito anunciou na quinta-feira (23) que 130 mil litros de diesel e quatro caminhões de gás serão entregues diariamente a Gaza durante o período, assim como 200 caminhões com “ajuda”.
O Hamas mantém 236 reféns na Faixa de Gaza, incluindo cidadãos estrangeiros de 26 países, de acordo com dados dos militares de Israel. Os cidadãos capturados representam uma vantagem do Hamas sobre Israel.
Mesmo que o grupo mantenha apenas uma fração do grupo que deteve em 7 de outubro, ainda manteria uma influência considerável sobre o país vizinho, que é conhecido por pagar um preço alto em negociações como essas.
Em 2011, Israel libertou mais de mil prisioneiros palestinos em troca de um único soldado, Gilad Shalit, que havia sido mantido refém por cinco anos.
Por mais que a trégua seja considerada um “passo importante”, conforme afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU), Israel afirmou que continuará suas ações militares contra a Faixa de Gaza após o fim do acordo.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou na quinta-feira (23) que a operação continuará “com força” e que os combates devem durar pelo menos mais dois meses.
“Esta será uma breve pausa. Quando terminar, os combates continuarão com força e criarão pressão que permitirá o retorno de mais reféns”, pontuou Gallant durante visita às tropas israelenses nesta quinta-feira (23).
“É esperada uma luta de pelo menos mais dois meses”, acrescentou.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) também disseram na quinta-feira que seus soldados localizaram um túnel dentro de uma mesquita, além de terem atingido um túnel em uma área agrícola em Beit Hanoun. Os agentes das FDI também teriam localizado “numerosas armas”.
Cerca de 12.700 pessoas foram mortas em Gaza desde 7 de outubro, segundo dados do Ministério da Saúde palestino na Cisjordânia, que se baseia em informações das autoridades de saúde geridas pelo Hamas.
As informações são da CNN Internacional.
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