O presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, deixou o cargo nesta quinta-feira (23). Ele estava à frente da companhia havia cinco anos. Segundo a empresa, Cotugno vai se aposentar.
A saída ocorre após pressão provocada pelo apagão que deixou quase 2 milhões de pessoas sem energia devido à tempestade no dia 3 de novembro, em São Paulo. Alguns clientes da concessionária chegaram a ficar até sete dias sem luz.
A companhia afirmou que o novo presidente no Brasil será Antonio Scala, executivo com 18 anos de trajetória na Enel.
“A saída de Cotugno foi definida em reuniões de Conselho das distribuidoras e da Enel Brasil em outubro. Para apoiar o processo de substituição e as recentes contingências, o executivo prorrogou a sua saída para 22 de novembro. Até que sejam concluídos os trâmites administrativos necessários para a nomeação de Antonio Scala, o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Gomes Lencastre, assumirá a posição de forma interina”, informou a Enel em nota.
Cotugno chegou a participar no dia 17 de novembro de uma sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), da Assembleia Legislativa de São Paulo, que investiga a atuação da concessionária.
Quando questionado sobre a possibilidade de um novo apagão, Cotugno afirmou que “seria desonesto se eu falasse que com um vento de 100 km/h vai dar tudo certo. Não quero falar isso, porque seria falta de respeito com a inteligência de todos”.
A Enel Brasil agradeceu em nota a dedicação do ex-presidente. “Sob sua gestão, a Enel se tornou uma empresa 100% renovável no país e ampliou em 76% a capacidade de geração eólica e solar. Em distribuição de energia, a empresa investiu R$ 17 bilhões de 2019 a setembro de 2023 nas áreas de concessão de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará com foco na modernização da rede elétrica.”
A Enel Brasil leva energia a mais de 15 milhões de clientes por meio de suas distribuidoras nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
Por meio da Enel Green Power Brasil, braço de geração renovável do Grupo Enel, a companhia é atualmente o maior operador solar e eólico em termos de capacidade instalada no país e opera mais de 5 GW renováveis (mais de 2,4 GW eólicos, mais de 1,2 GW solares e mais de 1,3 GW de fonte hídrica), incluindo o maior parque eólico da América do Sul, no Estado do Piauí.
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