O verão chegou! A estação mais quente do ano começou à 0h27 desta sexta-feira (22) no Hemisfério Sul. Fortemente influenciado pelo El Niño, o verão de 2024 no Brasil “não será normal”, de acordo com a agência de meteorologia Climatempo. O fenômeno deve provocar mais chuvas no Sul do país e redução das precipitações na região Norte — o que vai atrasar a recuperação do nível de água dos rios. Além disso, o El Niño pode alterar a distribuição da chuva sobre o Sudeste e o Centro-Oeste.
No Sudeste e no Sul do Brasil, já é possível notar que o sol está nascendo mais cedo e se pondo mais tarde. Os dias estão mais longos, ou seja, são mais horas de sol para esquentar o ar e manter as temperaturas elevadas. No geral, a previsão para o verão no Brasil é de dias quentes, muitas vezes abafados e com pancadas de chuva frequentes à tarde e à noite. A nova estação se estende até o dia 20 de março de 2024, à 0h06.
Confira a previsão para cada região:
Norte
Haverá tempo muito abafado e temperaturas acima da média em todas as áreas nos três meses de verão — o calor mais intenso deve atingir o Pará. A chuva aumenta no decorrer da estação em toda a região, mas ficará abaixo da média histórica. O nível dos rios tende a aumentar gradualmente a partir de março.
Nordeste
As temperaturas serão mais altas do que o normal em todas as áreas, especialmente entre o sul do Piauí e o centro-leste da Bahia. Corredores de umidade podem provocar volumes de chuva mais altos entre o oeste e o sul da Bahia, entre fevereiro e o começo de março. As chuvas serão um pouco acima da média apenas na Paraíba e no Rio Grande do Norte.
Centro-Oeste
A região terá chuvas irregulares ao longo dos três meses — com volumes acima da média em Goiás e no Distrito Federal e abaixo da média em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul. As temperaturas devem ficar acima da média em todo o verão, principalmente no norte e no oeste de MT e no oeste de MS. Há possibilidade de ondas de calor no oeste e no sul de MS.
Sudeste
Janeiro e fevereiro serão marcados por pancadas de chuva frequentes, em razão do calor e da alta umidade. Março terá chuvas concentradas na primeira quinzena. Os quatro estados terão risco aumentado de problemas por excesso de precipitações, e a Grande SP poderá sofrer mais com alagamentos. A faixa litorânea de São Paulo e do Rio de Janeiro deve ter chuvas irregulares, concentradas em menos dias e mais dias de sol. Ondas de calor são possíveis, principalmente no leste da região, entre janeiro e fevereiro. Frentes frias serão menos frequentes.
Sul
O verão deve ser muito abafado no Sul, principalmente no norte do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, onde a chuva ocorre majoritariamente por consequência do calor e da alta umidade. Janeiro e fevereiro terão os maiores volumes de chuva, principalmente no oeste da região. Em março, a precipitação aumenta, especialmente na segunda quinzena, e volta a despertar alerta para temporais.
São previstas ondas extremas de calor, a partir de fevereiro, no norte e no oeste da região. Haverá calor intenso de forma pontual no litoral, incluindo Florianópolis. No centro-sul do RS, as temperaturas devem ficar dentro da média em razão da nebulosidade e da chuva mais frequente, mas o clima seguirá abafado.
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