Jornalismo

PMs mulheres vão acolher vítimas de importunação sexual em espaço especial no Carnaval de SP

A Polícia Militar de SP vai disponibilizar pela primeira vez durante a Operação Carnaval um espaço voltado para atender vítimas de crimes sexuais. A iniciativa estreou neste sábado (03) durante os blocos de rua. As tendas ficarão disponíveis durante todos os dias de folia, com a presença de policiais militares mulheres para receber o público feminino.

“A abordagem vai ser a mais sensível possível, por causa da situação que não é fácil para a vítima. Vamos conversar sobre o que aconteceu e verificar a situação para prosseguir com a ocorrência”, explica a responsável pelo policiamento no Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital, capitão Daniella Fernandes Okada. A região é um dos circuitos dos megablocos, concentrando milhares de pessoas durante os oito dias de desfile.

A tenda na região será montada na Avenida Pedro Álvares Cabral, próxima à Assembleia Legislativa de São Paulo. As vítimas de importunação ou outros crimes sexuais podem ir ao espaço para denunciar. Os policiais também foram orientados a encaminhar aos locais casos flagrados durante as rondas. Nas tendas, as vítimas receberão atendimento especial e direcionamento para o registro da ocorrência.

A cabo Stephanie de Lima é uma das policiais que vão atender os casos. “A gente consegue entender na pele o que as foliãs estão passando no momento porque também somos mulheres. Infelizmente, sabemos que acontece. Vamos escutar o que ela tem para contar e, a partir daí, tomar as providências”, explica.

O coronel Renato Lopes Gomes da Silva, comandante do CPA/M-2, ressalta que esta é a primeira vez que a Polícia Militar faz esse tipo de acolhimento. “É uma mensagem clara para todas as pessoas que, se eventualmente acontecer um crime, nós estamos prontos para atendê-lo”.

Não é não!
O beijo roubado ou um toque sem permissão se enquadram no crime de importunação sexual. Gestos obscenos também podem ser denunciados e, dependendo da gravidade, o agressor pode sair preso do local.

“Se a mulher não denunciar, vai continuar acontecendo. Quando a gente consegue coibir esse tipo de comportamento, mostra que não está passando batido. As pessoas vão adotando condutas mais adequadas”, afirma a capitão Daniella Fernandes Okada.

Cibelle Freitas
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