Os parques de Sorocaba são uma opção para quem prefere o sossego em vez da agitação do Carnaval. Longe dos blocos, dos desfiles das escolas de samba e de outros eventos, algumas pessoas foram, ontem (12), a espaços públicos da cidade para descansar e se conectar com a natureza. Havia, principalmente, famílias andando de bicicleta, caminhando, brincando com crianças ou simplesmente relaxando.
A aposentada Isabel Marques Lima Serpa, de 67 anos, e a filha, a estudante de recursos humanos Mônica Marques Lima, de 38 anos, aproveitaram o dia para relaxar no Parque das Águas, no Jardim Abaeté. Elas costumam fazer isso todos os anos. Deitadas sobre um lenço embaixo da sombra de uma árvore, ambas informam que nunca pularam Carnaval porque não gostam de aglomerações. Por isso, preferem ficar em casa, viajar ou ir a parques. “Nada como a natureza, curtir essa maravilha, ver como Deus é maravilhoso”, falou Isabel. “Nada como você estar em paz consigo mesma, não tem dinheiro que pague.”
Mônica considera que estar em contato com a natureza a ajuda a recarregar as boas energias e a eliminar as negativas. Seguindo uma crença pessoal sobre como consolidar esse processo, ela estava descalça. “Falam que botar o pé no chão ajuda a descarregar as energias”, comentou. Apaixonada pela fauna e flora, a estudante ainda aproveitou a oportunidade para ouvir o canto dos pássaros, observar os patos no lago do parque e sentir o frescor de vento. “Traz aquela paz”, resumiu.
O técnico em informática Douglas Leite dos Santos, de 42 anos, também passou a tarde com a mãe, a aposentada Maria de Lurdes Leite dos Santos, de 70 anos, no mesmo local. Douglas até chegou a participar de blocos cerca de quatro vezes, influenciado por uma amiga e por uma ex-namorada, mas desaprovou o barulho da folia. Agora, vai à praia ou a parques nos dias de descanso. Nos espaços públicos do município, ele busca, sobretudo, fazer novas amizades. “Para não ficar sem fazer nada em casa, eu fico por aqui, sossegado, conversando com o pessoal que trabalha aqui, conhecendo algumas pessoas, às vezes”, contou.
Maria, por outro lado, não participou nenhuma vez de qualquer evento alusivo à tradicional festa brasileira, pelo mesmo motivo que o filho. Para ela, o Carnaval ideal é na praia, no campo onde haja muito verde e animais, pois, nesses lugares, encontra a sua prioridade: sossego. “Eu sempre gosto de ficar curtindo o barulho dos pássaros, a natureza, calma, tranquila”, disse. (Com informações do jornal Cruzeiro do Sul)
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