O Brasil registrou 1.463 casos de feminicídio em 2023, o que equivale a quatro mortes de mulheres por dia no país, representando um aumento de 1,6% em relação a 2022, de acordo com o relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgado nessa quinta-feira (7). A pesquisa apontou que 18 estados apresentaram uma taxa de feminicídio acima da média nacional, que foi de 1,4 morte para cada 100 mil mulheres.
Desde 2015, mais de 10,5 mil mulheres foram vítimas de feminicídio, segundo o levantamento divulgado às vésperas do Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (8), com o propósito de conscientizar sobre a desigualdade e o ódio contra o gênero feminino.
O feminicídio é classificado como homicídio decorrente de violência doméstica e familiar em razão da condição de sexo feminino, configurando menosprezo à condição feminina e/ou discriminação à condição da mulher.
Analisando regionalmente, 18 estados apresentaram taxas de feminicídio acima da média nacional em 2023, destacando-se Mato Grosso, Acre, Rondônia, Tocantins e Distrito Federal com os maiores números absolutos de feminicídio por quantidade de habitantes.
• Mato Grosso: registrou 2,5 mortes por feminicídio a cada 100 mil mulheres, com uma queda de 2,1% em relação ao ano anterior.
• Acre: apresentou 2,4 feminicídios por 100 mil mulheres, representando um aumento de 11,1% em comparação a 2022.
• Rondônia e Tocantins: também tiveram taxas elevadas, com 2,4 feminicídios por 100 mil mulheres, com redução de 20,8% e aumento de 28,6%, respectivamente.
• Distrito Federal: registrados 2,3 feminicídios por 100 mil mulheres, uma variação de 78,9% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, os estados com as menores taxas de feminicídio foram o Ceará (0,9 por 100 mil), São Paulo (1 por 100 mil) e Amapá (1,1 por 100 mil).
A região Sudeste ficou abaixo da média nacional (1,4) em relação ao número de feminicídios por número de habitantes mulheres, juntamente com o Nordeste e o Sul.
O levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública considera os registros disponibilizados pelas secretarias estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social, além do banco de dados oficial do Ministério da Justiça e da Segurança Pública e dados populacionais fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Fonte: Portal R7
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