A Marinha do Brasil anunciou nesta segunda-feira (6) o envio do maior navio de guerra da América Latina para ajudar a população do Rio Grande do Sul.
A embarcação sairá da Base Naval do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (8) com destino à cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho. A previsão é de três dias de viagem.
O Atlântico vai levar 8 embarcações de pequeno porte e 2 estações para tratamento de água ao Rio Grande do Sul.
Além da capacidade de produzir água potável, o navio tem um centro médico – o segundo maior da frota da Marinha, ficando atrás apenas do Navio Doca Multipropósito (NDM) Bahia, que foi usado para atender às vítimas das inundações históricas.
Essa não é a primeira missão humanitária do Atlântico no litoral brasileiro. Em 2023, o navio foi enviado para São Sebastião para ajudar no socorro às vítimas da tragédia que devastou o Litoral Norte de São Paulo. O objetivo foi desafogar os hospitais da região, que priorizam casos mais graves.
Segundo a Marinha, o navio opera, normalmente, com uma médica, uma dentista e seis enfermeiros que atuam em consultas ambulatoriais, inspeções de saúde e na preparação dos militares para as longas missões.
Em viagens, a necessidade a demanda dobra e o navio recebe o reforço de outros três médicos, sendo um cirurgião geral, um anestesista e um clínico geral, além de um oficial farmacêutico e mais cinco enfermeiros, dentre eles um técnico em patologia clínica.
A Marinha não informou qual é o tamanho do efetivo na operação no Rio Grande do Sul.
O navio tem:
De acordo com a Marinha, as estações de tratamento de água levadas pelo Atlântico utilizam equipamento de filtragem química.
O processo é o seguinte: a água do rio é captada, passa por uma pré-filtragem e, após decantação, passa por um segundo processo de filtragem. O resultado é água potável e pronta para o consumo humano.
As duas estações têm capacidade de produzir 20 mil litros de água, afim de suprir parte da demanda das cidades.
Em Porto Alegre, a prefeitura decretou racionamento de água e o município estima que 85% da população deve ficar sem abastecimento. Cinco das seis estações de tratamento de água estão paradas.
Além das estações para tratamento de água doce, o navio tem uma estação própria para dessalinização da água do mar. O processo, no entanto, não será utilizado na operação do Rio Grande do Sul.
Fonte: G1
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