A maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul já deixou mais de 150 mortos e atingiu mais de um milhão e meio de pessoas.
Desde o dia 27 de abril, os gaúchos vêm sofrendo com as fortes chuvas, porém, a situação piorou a partir de 29 de abril, quando o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um alerta vermelho de volume elevado de chuva.
Os riscos hidrológicos, relacionados à água, naquele estado, começaram a preocupar técnicos de clima e especialistas, pois indicavam a chegada dos eventos extremos registrados mais recentemente, como chuvas intensas, cheias e alagamentos.
O fenômeno histórico ocorrido no Rio Grande do Sul é uma somatória de fatores, como a presença de uma corrente intensa de ventos, que deixa o clima instável, com uma onda de umidade retida naquele estado, impedida de avançar por conta de uma massa de ar quente estacionada na região central do país, e que acabou sendo potencializada pela influência do El Niño e, também, do aquecimento global.
A partir daí, o mundo vem acompanhando os desafios e os problemas graves enfrentados pela população daquele estado brasileiro.
Os números surpreendem e causam muita preocupação, provocando, inclusive, uma megamovimentação no país de muita solidariedade aos gaúchos, incluindo Sorocaba e região, e o Estado de São Paulo.
Essas ações solidárias começaram a ser vistas e noticiadas em diversos pontos do país e ajudaram a levar mais do que mantimentos e donativos para aquela população, levaram esperança a um povo que estava perdendo praticamente tudo.
Em duas semanas, Sorocaba levou para o Rio Grande do Sul mais de trezentas toneladas de donativos, utilizando aviões e carretas para o transporte de medicamentos, água, alimentos, produtos de limpeza e de higiene pessoal, além de feno e ração para os animais que estão sendo resgatados.
Da capital paulista, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros montaram equipes de resgate e socorro para serem encaminhadas ao Rio Grande do Sul, enquanto de Sorocaba, grupos voluntários, inclusive de veterinários, foram para aquele estado, e o que eles relatam, depois de terem chegado ao estado do sul e retornado, são cenas como de guerra, de morte e de muito desespero de milhares de famílias que não sabem o que farão quando as águas baixarem.
No Jornal da Cruzeiro de ontem, o capitão Roberto Farina Filho, porta-voz da Defesa Civil de São Paulo, destacou que o cenário é de terra arrasada, onde muitos municípios foram, praticamente, devastados, ficando sem sistemas de energia elétrica, água potável e esgoto.
Uma situação bastante difícil e, segundo o oficial, cada pessoa resgatada tem uma história diferente para contar, havendo, em comum, apenas a tragédia.
De acordo com o capitão Farina, que está convivendo com a situação dos gaúchos um dia após o outro, ressalta que se vê de tudo por lá, desde pessoas passando por dificuldades, procurando comida, água e gente que perdeu tudo e não sabe como fará para recuperar sua vida, até solidariedade vinda de todos os cantos.
Nesta semana, o governo federal anunciou que famílias que perderam móveis, eletrodomésticos e outros objetos com as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul terão direito a um benefício de R$ 5.100.
O anúncio foi feito na quarta-feira pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, durante visita da comitiva liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a São Leopoldo do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre.
Segundo o ministro, a estimativa inicial é de que o benefício alcance cerca de 200 mil famílias, a um custo de R$ 1,2 bilhão.
O procedimento será autodeclaratório e as autoridades vão cruzar dados para confirmar se a área onde a pessoa beneficiada vive está entre as atingidas pelas inundações.
Além do Auxílio Reconstrução, como foi batizado o benefício de R$ 5,1 mil para recuperação de bens, o governo federal anunciou outras medidas para as pessoas que tiverem suas casas destruídas pelas chuvas e enchentes nas áreas urbanas.
O governo federal divulgou que as casas que foram perdidas na enchente, aquelas que se encaixam dentro do perfil de renda do Minha Casa, Minha Vida, nas faixas 1 e 2, 100% dessas famílias terão suas casas garantidas de volta.
Pelas regras do programa habitacional, a faixa 1 compreende famílias com renda bruta familiar mensal de até R$ 2.640; já a faixa 2 abrange famílias com renda entre R$ 2.640,01 e R$ 4.400.
Outras medidas vêm sendo adotadas também, como a ajuda para a compra de casas usadas, a liberação do FGTS e leilão de imóveis, tudo para auxiliar as famílias que perderam tudo possam recomeçar suas vidas.
Toda a ajuda e solidariedade é, sem sombra de dúvidas, essencial para a reconstrução da força ativa do Rio Grande do Sul, necessária para a recomposição da dignidade de milhares de famílias gaúchas.
Que essa solidariedade continue e que os governos cumpram seu papel social, pois quando as águas baixarem, de fato, será o momento em que as mangas terão de ser arregaçadas, para que o Estado do Rio Grande do Sul renasça das cinzas.
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