Há 30 anos, em 1º de julho de 1994, no governo do então presidente Itamar Franco, o real entrou em circulação.
A nova moeda prometia combater a hiperinflação do Brasil — que estava em quase 3.000% ao ano.
O cruzeiro real, uma moeda corroída pela hiperinflação, deu lugar a um real que estabilizou a economia brasileira. Uma aposta arriscada que envolveu uma espécie de engenharia social para desindexar a inflação após sucessivos planos econômicos fracassados.
Em meio a tantos indexadores criados para corrigir preços e salários, a equipe econômica do governo Itamar criou um superindexador: a Unidade Real de Valor (URV). Por três meses, todos os preços e salários foram discriminados em cruzeiros reais e em URV, cuja cotação variava diariamente e era mais ou menos atrelada ao dólar. Até o dia da criação do real, em que R$ 1 valia 1 URV, que, por sua vez, valia 2.750 cruzeiros reais.
O real veio após uma sucessão de planos frustrados, incluindo aquele do governo Fernando Collor de Mello, que incluiu o confisco das poupanças. Nos oito anos anteriores ao Plano Real, o país teve quatro moedas diferentes — cruzeiro, cruzado, cruzado novo e cruzeiro real.
Antes de as cédulas e moedas de real começarem a circular, em julho de 94, o pacote econômico era conhecido como Plano FHC. O plano foi alvo de críticas ferrenhas do Partido dos Trabalhadores (PT) e de outros segmentos, já descrentes de mais um plano.
O ministro respondia aos críticos salientando que tinha ao seu redor um time de economistas competentes.
O lançamento do real, no entanto, não coube a Fernando Henrique Cardoso, que deixou a pasta da Fazenda na virada de março para abril, ainda na fase da URV, para se candidatar à Presidência da República pelo PSDB. Quem lançou o real foi seu sucessor no ministério, Rubens Ricupero, que garantiu fazer uma “travessia tranquila” para o governo seguinte.
Em outubro de 1994, três meses após o lançamento do real, o tucano foi o vencedor das eleições presidenciais ainda no primeiro turno, eleito com 54,28% dos votos.
Três décadas após o lançamento do Plano Real, a inflação acumulada de lá pra cá foi de 708%, segundo a calculadora do Banco Central (BC).
Em termos práticos, isso quer dizer que R$ 1 em julho de 1994 equivale a atuais R$ 8,08.
Desde 1995 — primeiro ano cheio após a implementação da nova moeda — o IPCA encerrou o ano acima de dois dígitos em quatro ocasiões: 1995 (22,41%), 2002 (12,53%), 2015 (10,67%) e 2021 (10,06%). Em 2023, o indicador fechou o ano com avanço de 4,62%.
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