A taxa de desemprego no Brasil recuou em 15 estados no segundo trimestre de 2024 em comparação com o trimestre imediatamente anterior. O índice chegou a 6,9%, uma queda de 1 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano. O resultado é o menor para o período desde 2014. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
As quedas foram registradas nos seguintes estados:
• Bahia (de 14% para 11,1%)
• Piauí (de 10% para 7,6%)
• Amazonas (de 9,8% para 7,9%)
• Alagoas (de 9,9% para 8,1%
• Tocantins (de 6% para 4,3%)
• Acre (de 8,9% para 7,2%)
• Espírito Santo (de 5,9% para 4,5%)
• Maranhão (de 8,4% para 7,3%)
• Ceará (de 8,6% para 7,5%)
• Pará (de 8,5% para 7,4%)
• São Paulo (de 7,4% para 6,4%)
• Minas Gerais (de 6,3% para 5,3%)
• Goiás (de 6,1% para 5,2%)
• Rio de Janeiro (de 10,3% para 9,6%)
• Santa Catarina (3,8% para 3,2%)
Em outros 11 estados e no Distrito Federal, a taxa se manteve estável.
Segundo o IBGE, a taxa de desocupação por sexo foi de 5,6% para os homens e 8,6% para as mulheres no segundo trimestre. Já no recorte por cor ou raça o índice ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,5%) e acima para os pretos (8,5%) e pardos (7,8%).
No segundo trimestre de 2024, havia 1,7 milhão de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais, uma queda de 17,3% em relação ao segundo trimestre do ano passado, quando 2 milhões de pessoas estavam nessa situação.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 16,4%. O Piauí (33,0%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (29,5%) e Alagoas (26,6%). Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (5,8%), Rondônia (7,1%) e Mato Grosso (8,2%).
No fim de julho, o IBGE mostrou que 7,5 milhões de brasileiros não ocupavam uma vaga de trabalho, o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
A população desocupada diminuiu no trimestre (-12,5%, menos 1,1 milhão de pessoas) e no ano (-12,8%, menos 1,1 milhão de pessoas).
De acordo com o estudo, a população ocupada — o total de trabalhadores do país — atingiu 101,8 milhões no trimestre encerrado em junho, novo recorde da série histórica. O aumento se deu nas comparações trimestral (1,6%, mais 1,6 milhão de pessoas) e anual (3%, mais 2,9 milhões de pessoas).
Além disso, o número de trabalhadores com carteira (38,4 milhões) e sem carteira assinada (13,8 milhões) também bateu o recorde da série histórica, além do total de empregados no setor privado (52,2 milhões). Já a população fora da força de trabalho não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,7 milhões.
A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destacou a manutenção de resultados “positivos e sucessivos”. “Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas nesse trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres”, afirmou.
Os brasileiros empregados recebem, em média, R$ 3.214 — com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual.
A analista do IBGE observa que o aumento do rendimento está sendo impulsionado pela expansão do número de trabalhadores em diversas atividades, seja no setor público ou privado. “Essa expansão disseminada entre as diversas atividades econômicas é bastante importante, porque acaba beneficiando tanto os trabalhadores em ocupações de maior renda quanto aqueles de menor rendimento”, afirmou.
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