Sorocaba registrou novamente números positivos no mercado de trabalho. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quarta-feira (28), a indústria foi a área que mais contratou no mês de julho na cidade.
Ao todo, 1.239 vagas foram criadas, e o setor industrial criou 486 novos postos.
Em seguida, aparece o setor de serviços com 445 ocupações, a área comercial que registrou 224 novos cargos e a construção, com um saldo de 87.
Para o mês de julho, o Caged registrou na cidade um saldo de 11.438 admissões e 10.199 desligamentos na indústria, construção, comércio, serviços e agropecuária.
O diretor titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) de Sorocaba, Erly Domingues de Syllos, destacou os motivos para o setor industrial liderar o ranking no mês de julho. De acordo com o diretor, essas indústrias não contratam em larga escala e depende muito do mês e da mão de obra qualificada. Além disso, Sorocaba está se tornando um grande polo industrial.
“Muitas empresas contrataram nesse mês de julho, como vemos pelos dados divulgados. Mas, no mês que vem pode haver uma alternância, de o setor de serviços voltar a liderar e o setor industrial descer novamente”, explicou.
“A contratação em empresas é um fator muito positivo para a cidade, temos o exemplo do ‘efeito Toyota’, um grande número de contratações. E, consequentemente, se o fator industrial estive bem, as áreas de serviços e comércios também vão ir muito bem”, explica Erly.
Além disso, as microempresas, instaladas em Sorocaba, têm um papel fundamental na empregabilidade na cidade. “Há muitas microempresas por aqui. Cerca de 90% das microempresas no Brasil são influentes para o crescimento das cidades como, por exemplo, se essas empresas contratam 8 ou 10 funcionários é um grande avanço tanto para a cidade quanto para a empresa”.
O setor de construção também está sendo muito relevante na cidade de Sorocaba. “Podemos ver empresas sendo construídas, não só empresas, mas também, condomínios horizontais e verticais, aumentando gradativamente esse número de contratação no setor de construção”, ressalta Erly.
Outro fator que chama a atenção, para o diretor, é a mão de obra qualificada. “Essas empresas que levantam por aqui, investem muito em alta tecnologia, gerando empregos de maior remuneração, e, assim, uma contratação mais selecionada para tais serviços”.
A área de agropecuária, segundo dados do Caged, registrou uma negatividade de menos três pessoas no setor. Com um total de 13 admitidos e 16 desligados de seus cargos. Erly explicou a possível causa desses desligamentos. “Sorocaba não tem um impacto forte na agropecuária igual a outros municípios como Itapetininga, por exemplo. Então, esse número pode ter caído por aqui, mas em outras cidades pode ter crescido”.
Segundo dados do Caged, Itapetininga registrou 31 novas admissões no setor de agronegócio em julho deste ano. No mês anterior, em junho, a cidade admitiu 255 posições na mesma área. Em maio de 2024, Itapetininga registrou o maior número de admissões na agropecuária, com 308 contratações.
Informações Jornal Cruzeiro do Sul
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