O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste sábado (21) para Nova York, nos Estados Unidos, para uma série de compromissos, sendo o principal deles a 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Como de praxe, o brasileiro será o primeiro chefe de Estado a discursar na cerimônia, que será realizada na terça-feira (24).
Lula chega na maior cidade dos Estados Unidos no sábado (21). No domingo (22), o presidente vai participar da primeira sessão da Cúpula do Futuro, com previsão de ser o segundo a discursar. Segundo membros do governo, o presidente deve abordar temas como combate à fome, reforma da governança, crise climática e transição energética.
A expectativa é de que, no evento, seja adotado o Pacto para o Futuro, com compromissos da comunidade internacional em uma série de temas. Em paralelo, os países devem adotar também a Declaração para Gerações Futuras e o Pacto Global Digital.
O tema da Assembleia Geral da ONU deste ano é “unidade na diversidade para a promoção da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para todos, em toda parte”. Lula vai discursar após as declarações do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e do presidente da 79ª Assembleia Geral, Philémon Yang.
No mesmo dia, o brasileiro vai promover uma mesa redonda em defesa da democracia. A iniciativa, elaborada com o espanhol Pedro Sánchez, vai reunir outros líderes globais com o objetivo de combater o extremismo, a desigualdade e a desinformação.
Foram convidados 20 países para a mesa pró-democracia, além do presidente do Conselho Europeu e do Secretário-Geral da ONU. A ideia é que, na reunião, as nações discutam formas de avançar em princípios democráticos e de proteger as instituições. Os governos brasileiro e espanhol vão divulgar, ao final da reunião, um resumo dos debates, que também deverão abordar o enfrentamento aos discursos de ódio e a promoção do crescimento econômico sustentável e inclusivo.
Na quarta-feira (25), Lula também discursa na abertura da segunda reunião de chanceleres do G20, o grupo que reúne as principais economias do mundo. Trata-se da primeira vez na história que o encontro vai ocorrer na sede da ONU, e na ocasião o Brasil vai lançar um chamado pela reforma da governança global.
Lula também vai se reunir de forma bilateral com diversos chefes de Estado e presidentes de organizações. Além disso, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tem agenda marcada com diversos grupos, como G20, G4, G7/China, Brics e chanceleres da América do Sul. A previsão é de que a comitiva do governo federal retorne ao Brasil na quarta-feira à noite.
Os representantes diplomáticos do Brasil devem divulgar no dia 27 aos demais países a proposta construída em conjunto com a China e assinada pelo assessor especial da Presidência Celso Amorim, no primeiro semestre deste ano, em Pequim. “É um documento dirigido a países que têm interesse em cooperar”, disse Cozendey. A crise eleitoral na Venezuela não deve ser abordada por Lula durante a passagem pelos EUA.
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