Na tarde de sexta-feira (8), um tiroteio no terminal 2 do aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, resultou na morte do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach e feriu outras três pessoas. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), emitiu uma declaração no X (antigo Twitter), afirmando que todas as evidências apontam para que o ataque criminoso esteja relacionado ao crime organizado.
Gritzbach, que era o principal alvo do atentado, já havia colaborado com as autoridades por meio de delações em investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC), considerada a maior organização criminosa do Brasil. O empresário havia sido ameaçado pela facção e, em 2021, foi acusado de ter ordenado o assassinato de um líder do PCC, acusação que ele negava veementemente.
A perícia indicou que pelo menos 27 disparos foram efetuados durante o ataque, que ocorreu por volta das 16 horas. Gritzbach foi atingido em várias partes do corpo, incluindo cabeça, tórax e braços. As outras vítimas do tiroteio foram identificadas como dois motoristas de aplicativo e uma passageira que estava desembarcando no aeroporto. Até o início da noite, fontes médicas informaram que o estado de saúde dos feridos era estável.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), uma das vítimas foi atendida e prestou depoimento no local, enquanto as outras duas foram encaminhadas ao Hospital Geral de Guarulhos.
Histórico de Gritzbach com o crime organizado
Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, que trabalhou como corretor de imóveis na construtora Porte Engenharia entre 2014 e 2018, tornou-se conhecido do público quando envolveu-se com o grupo de traficantes de drogas liderado por Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta.
A acusação de que ele teria ordenado o assassinato de Cara Preta levou a uma sentença de morte decretada pela facção criminosa. Após ser sequestrado, Gritzbach foi libertado pelos bandidos, que acreditavam que apenas ele possuía as informações necessárias para o resgate de criptomoedas, evitando assim sua execução e a perda do dinheiro.
Em setembro de 2023, Gritzbach negociou um acordo de delação premiada com os promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate (Gaeco), que foi homologado pela Justiça em abril de 2024. Na delação, ele forneceu informações detalhadas sobre a infiltração do PCC no futebol e no mercado imobiliário, além de detalhes sobre os assassinatos de líderes da facção, incluindo Cara Preta e Django.
A Porte Engenharia, por meio de uma nota, afirmou ter sido informada pela imprensa sobre a morte de Gritzbach e esclareceu que não mantinha negócios com ele há vários anos, limitando sua relação profissional ao período em que ele atuou como corretor de imóveis na empresa.
As autoridades de São Paulo reforçaram seu compromisso em investigar as circunstâncias do crime e garantir que todos os responsáveis sejam severamente punidos. O caso ressalta a complexidade e os riscos associados ao combate ao crime organizado na região. (Com informações de Estadão Conteúdo)
Na tarde desta segunda-feira (11), durante fiscalização na Rodovia Presidente Castelo Branco (SP-280), próximo ao…
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (12), a Operação Mithras para reprimir a…
A Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba (Fundec) foi declarada “Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade…
No mês de dezembro, a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Cultura (Secult),…
O filme ''Ainda Estou Aqui'' liderou as bilheterias nacionais no seu primeiro fim de semana de exibição,…
A Comissão de Educação do Senado realiza, nesta terça-feira (12), uma audiência pública para discutir…