O motorista de aplicativo de 41 anos, Celso Araújo Sampaio de Novais, vítima do ataque de uma organização criminosa ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, morreu na manhã de sábado (9), no Hospital Geral de Guarulhos. Ele foi baleado nas costas durante a ação que visava o empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, de 38 anos, apontado como delator de lideranças do PCC.
De acordo com a esposa, Simone Fernandes de Novais, o motorista estava aguardando passageiros na fila de veículos do aplicativo quando foi surpreendido por uma chuva de tiros. O ataque ainda deixou outras duas pessoas feridas.
Novais, após ser atingido, conseguiu enviar uma mensagem de vídeo à esposa através do WhatsApp, informando sobre o incidente e sua condição crítica. “Ele me mandou um vídeo pelo WhatsApp dizendo: ‘Levei um tiro, tô na ambulância’. Devido às feridas e dificuldades em manipular o celular, ele só registrou o trecho final da mensagem”, relatou Simone ao portal UOL.
Após ser levado para o Hospital Geral de Guarulhos, Novais foi submetido a cirurgias de emergência, tendo perdido um dos rins e parte do fígado. “Ele sangrou muito, e isso fez com que o estado de saúde dele piorasse”, lamentou a esposa.
O ataque também atingiu Willian Sousa Santos, funcionário de uma empresa terceirizada do aeroporto, que sofreu ferimentos na mão direita e no ombro, e a técnica Samara Lima de Oliveira, que foi atingida superficialmente no abdômen. Ambos foram liberados do hospital, mas a comunidade ainda sente o impacto desse violento episódio.
A violência que ceifou a vida de Novais e prejudicou outros inocentes destaca a necessidade urgente de medidas de segurança mais eficazes para proteger a população em locais públicos, fazendo com que o governador Tarcísio de Freitas se manifestasse pelas redes sociais lamentando o ocorrido e dizendo que a investigação será rígida. A família de Novais, amigos e a comunidade de motoristas de aplicativo estão de luto e exigem justiça.
Policiais militares que faziam a escolta do empresário morto prestaram depoimento, tiveram os seus celulares apreendidos e foram afastados de suas funções. A polícia investiga se o empresário foi assassinado a mando do PCC. Mas não descarta outras possibilidades, como queima de arquivo, já que havia assinado acordo de delação premiada e tinha vários inimigos agentes públicos, a quem disse ter pago altos valores em propina. (Com informações do portal UOL)
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