O Brasil parou, na quarta-feira à noite e, também, ontem, para ouvir o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar o pacote fiscal “salvador da pátria”.
Mas parece que a intenção do governo foi, na verdade, mais um tiro n’água ou um tiro que saiu pela culatra.
As reações negativas frente a uma vergonha anunciada por um governo que não consegue conter seus gastos nem, tampouco, sabe como fazê-lo, foram imediatas.
Ontem, por exemplo, o dólar teve uma forte alta de 1,30%, fechando o dia cotado a R$ 5,990.
Durante o pregão, a moeda americana chegou a atingir R$ 6 pela primeira vez na história, renovando seu recorde de valor nominal pelo segundo dia consecutivo.
Até a quarta-feira anterior, o maior valor registrado havia sido de R$ 5,913, alcançado em maio de 2020, durante o início da pandemia de Covid-19.
A disparada no câmbio foi desencadeada por reações ao pacote de ajustes fiscais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Essas medidas incluem a reforma do Imposto de Renda e o detalhamento do pacote de contenção de gastos públicos, o qual havia sido aguardado pelo mercado desde outubro.
Na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou em rede de televisão nacional que o governo aumentaria a isenção do IR para rendimentos de até R$ 5.000, atendendo a uma promessa de campanha de Lula.
No entanto, o ministro também anunciou um pacote de contenção de gastos que resultaria em uma economia de R$ 70 bilhões até 2026, com uma projeção de R$ 327 bilhões até 2030.
Mas, será que, de fato, o governo acredita nessa história contada por ele mesmo?
O problema para o mercado foi a forma como essas duas medidas foram comunicadas simultaneamente, em especial a proposta de corte de gastos, que gerou incerteza e instabilidade, aumentando o nervosismo dos investidores.
A falta de clareza e a dúvida sobre a real efetividade do pacote fiscal no controle das contas públicas afetaram a confiança, pressionando ainda mais o valor do dólar.
Haddad enfatizou, ao tentar aliviar o impacto do anúncio, que os cortes não estão diretamente relacionados à reforma do Imposto de Renda, buscando evitar confusões entre os temas.
No entanto, a comunicação simultânea dessas medidas gerou um certo mal-estar no mercado financeiro, especialmente em um momento de grande expectativa em relação ao pacote de cortes.
O pacote fiscal apresentado pelos ministros Fernando Haddad e Simone Tebet é considerado pelos economistas como tendo méritos, mas não atende plenamente às expectativas do mercado.
Eles apontam que o pacote não será suficiente para reduzir de forma significativa a dívida pública bruta do Brasil em relação ao Produto Interno Bruto, o PIB.
Essa análise foi feita logo após a coletiva de imprensa em que os ministros detalharam as principais medidas.
Os agentes financeiros expressaram críticas ao pacote de revisão de gastos do governo, afirmando que as propostas apresentadas ficaram “aquém do esperado”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou, em entrevista, que está aberto a adotar novas medidas.
Tiago Sbardelotto, economista da XP, por exemplo, expressou uma visão crítica sobre o pacote de medidas, considerando-o “modesto e aquém das expectativas do mercado”.
Ele reconheceu que, embora haja aspectos positivos, como a mudança na regra do salário mínimo, o pacote não atendeu às expectativas gerais.
Sbardelotto também destacou que o crescimento do salário mínimo acima do esperado pode gerar preocupações em relação ao aumento das despesas no longo prazo.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu os cortes de gastos no Orçamento, a moralização das despesas públicas e a justiça fiscal.
Mas e com relação aos altos gastos do governo, em especial, com o aumento desnecessário do número de ministérios, que subiu de 23 para 37 pastas, ou seja, aumentou 14 ministérios que, na verdade, nunca fizeram falta ao brasileiro, então, para que servem?
O governo decepcionou com seu pacote de medidas de ajustes fiscais, e isto é certo; e provocou um colapso na economia brasileira.
Bom seria que o ministro Fernando Haddad e o governo fizessem o que ele declarou em entrevista: que está aberto a adotar novas medidas.
Talvez, essa tenha sido a única declaração mais sábia de tudo aquilo que foi anunciado ontem.
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