Pesquisas de boca de urna apontam para a vitória do conservador Friedrich Merz, da União Democrática-Cristã (CDU), nas eleições parlamentares da Alemanha realizadas neste domingo (23). A sigla obteve 28,5% dos votos, enquanto a Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema direita, alcançou 20% – seu melhor resultado desde a Segunda Guerra Mundial.
A ascensão da AfD reflete a onda populista que cresce na Europa, com partidos similares ganhando força em países como Itália, Holanda, Hungria e Áustria. Alice Weidel, líder da AfD, declarou estar “pronta para participar do governo”, mas Merz reiterou que não formará coalizão com a sigla radical, apesar de já ter aceitado apoio da legenda em temas específicos, como imigração.
A eleição registrou a maior participação desde a reunificação alemã em 1990, com 83% dos eleitores indo às urnas. O cenário econômico instável e a crise migratória foram fatores determinantes para o alto comparecimento.
Merz, em discurso na sede da CDU, afirmou estar ciente da responsabilidade e da necessidade de construir uma maioria parlamentar sólida. A formação do governo dependerá das negociações com outras siglas, sendo a coalizão com o Partido Social-Democrata (SPD), do atual premiê Olaf Scholz, uma possibilidade. O SPD teve um desempenho fraco, com apenas 16,5% dos votos, seu pior resultado desde 1949.
Além disso, o Partido Verde obteve 12%, mas uma aliança com a CDU dependeria do resultado do Partido Liberal Democrático (FDP) e do partido populista de esquerda BSW, ambos próximos da cláusula de barreira de 5%. Caso não atinjam esse percentual, Merz terá dificuldades para formar um governo sem os verdes.
A AfD segue em ascensão e busca moderação no discurso para ampliar sua aceitação política, inspirando-se em figuras como Marine Le Pen, na França, e Giorgia Meloni, na Itália. A crescente influência do partido gera preocupação, especialmente entre setores da sociedade que lembram seu flerte com ideologias de extrema direita do passado alemão.
O Conselho Central de Judeus da Alemanha manifestou choque com o desempenho da AfD. “É alarmante que um quinto dos eleitores tenha optado por um partido com vínculos ideológicos com o radicalismo de direita e o neonazismo”, declarou um representante da entidade.
Agora, os próximos dias serão cruciais para definir o novo governo alemão e a composição do Bundestag, o Parlamento do país. Caso Merz não consiga formar uma coalizão com siglas tradicionais, aumentam as especulações sobre um eventual recuo na promessa de não negociar com a AfD. (Com informações da Folha de S.Paulo)
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