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Israel intensifica operações militares na Cisjordânia e esvazia campos de refugiados

As Forças de Defesa de Israel (FDI) enviaram tanques à Cisjordânia pela primeira vez em 20 anos, intensificando as operações militares no território. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou a invasão após uma série de explosões perto de Tel Aviv, ocorridas na quinta-feira, 20 de fevereiro, que o governo israelense descreveu como uma tentativa de ataque em massa. Não houve vítimas no incidente.

Neste domingo, 23 de fevereiro, as tropas israelenses iniciaram operações em várias vilas perto de Jenin, com planos de avançar para a cidade, que tem cerca de 50 mil habitantes. Além disso, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou que o Exército israelense havia evacuado três campos de refugiados no norte da Cisjordânia ocupada. Katz afirmou que cerca de 40 mil palestinos já haviam deixado os campos de refugiados de Jenin, Tulkarem e Nur Shams, que agora estão vazios.

A evacuação desses campos, que ocorre desde meados de fevereiro, forçou milhares de civis palestinos a buscar abrigo com parentes e amigos. Israel alega que as operações militares têm como objetivo desmantelar grupos armados palestinos no norte da Cisjordânia. No entanto, líderes e moradores palestinos temem que as ações israelenses façam parte de um plano mais amplo para deslocá-los permanentemente e reforçar o controle de Israel sobre áreas administradas pela Autoridade Nacional Palestina.

Essa ação faz parte de um objetivo militar mais amplo do gabinete de segurança de Netanyahu, que tem sido criticado por alinhar-se com setores políticos de ultradireita que exigem medidas mais rígidas contra a população palestina, inclusive em Gaza. A movimentação do exército na Cisjordânia também ocorre no contexto de grande tensão em torno do cessar-fogo entre Israel e Hamas, com o grupo terrorista acusando Tel Aviv de prejudicar a trégua ao bloquear a libertação de prisioneiros palestinos.

No sábado, 22 de fevereiro, o Hamas entregou mais seis reféns israelenses, como parte de um processo de troca que já resultou na devolução de 29 reféns a Israel. Como parte do acordo, estava prevista a libertação de 620 prisioneiros palestinos, mas Netanyahu anunciou no domingo que essa etapa não será realizada até que garantias sejam dadas sobre a liberação dos reféns, sem exibições públicas ou humilhantes.

O cessar-fogo atual, que entrou em vigor em 19 de janeiro após 15 meses de conflito intenso, está previsto para terminar no dia 1º de março. Até o momento, ainda não começaram as negociações sobre a segunda fase do acordo. Enquanto isso, o enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, que foi designado pelo ex-presidente Donald Trump, viajará ao Oriente Médio nesta semana para discutir a possível extensão da trégua entre Israel e Hamas.

Atualmente, 62 dos 251 reféns sequestrados pelo Hamas no dia 7 de outubro ainda permanecem em cativeiro em Gaza. Desses, 35 seriam mortos, segundo o Exército israelense. Desde que o cessar-fogo entrou em vigor, 29 reféns (quatro deles mortos) foram devolvidos a Israel, em troca de mais de 1.100 detentos palestinos.

A situação segue tensa, e a possibilidade de uma nova escalada na Cisjordânia e Gaza permanece, enquanto ambos os lados tentam lidar com os complexos desdobramentos do conflito. (Com informações do portal UOL)

Fernando Guimarães
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