Notícias

Yoko, chimpanzé resgatado na Colômbia, ganha um novo lar em Sorocaba

Recém-chegado da Colômbia, o chimpanzé Yoko ainda está se acostumando com seu novo recinto — muito maior do que o anterior. O primata, de 38 anos, deu entrada no Santuário dos Grandes Primatas de Sorocaba (SP) no fim da tarde da segunda-feira (24) e, até agora, não explorou os 5.000 metros quadrados reservados exclusivamente para ele, preferindo ficar em uma área menor próxima dos funcionários.

Embora não haja muita documentação a respeito, a história de vida de Yoko é bastante complicada. O chimpanzé foi capturado por traficantes de animais e viveu em cativeiro, onde foi tratado como uma criança: andava de carro, usava roupas infantis e era exibido pelas ruas. Após um período, Yoko desapareceu, sendo encontrado muito tempo depois na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, sem diversos dentes e bastante debilitado.

O animal foi encaminhado a um centro de conservação colombiano na região de Cáli, onde residiu por cerca de oito anos, até que um alagamento destruísse o local. Em seguida, foi transferido para o bioparque Ukumarí, na cidade de Pereira (a 317 km de Bogotá), onde foi diagnosticado com grave desnutrição, mais dentes faltando, doenças nas gengivas e dermatite — provavelmente causadas pelo fato de ter fumado no passado.

Após se recuperar, Yoko foi apresentado ao público, embora sem interações diretas, em razão de um vidro grosso presente no recinto. Ele não era bem aceito pelos outros chimpanzés devido ao seu comportamento humano, mas chegou a viver com dois companheiros de espécie, um macho e uma fêmea — que, infelizmente, foram mortos a tiros por oficiais após fugirem.

Yoko foi reconhecido como o último grande primata mantido em cativeiro na Colômbia, o que motivou as autoridades locais a enviá-lo para um santuário. Com a colaboração dos governos da Colômbia e do Brasil, a operação de transferência “Arca de Noé” foi iniciada, dando ao animal a chance de socializar e viver como o chimpanzé que é.

Já no santuário de Sorocaba, Yoko está distante das grandes multidões que marcaram sua vida e, após um período de quarentena de 30 dias, será apresentado a outros chimpanzés. Sem visitação permitida, o local abriga mais de 40 desses animais, além de primatas menores, como macacos-prego e bugios, e aves resgatadas — somando uma população de cerca de 200 animais.

Segundo especialistas, se estiver saudável, Yoko poderá viver mais de 60 anos.

*Com informações de Folha de S.Paulo

Maria Eduarda Dias Baddini Lucas
Compartilhar

Notícias recentes

Medicamentos têm menor reajuste médio desde 2018

Os medicamentos terão o menor reajuste médio desde 2018, conforme a resolução da Câmara de…

2 horas atrás

Relatório Mundial sobre Drogas 2024 e o papel do Spa Recovery na recuperação de dependentes

O Relatório Mundial sobre Drogas 2024, divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e…

3 horas atrás

Projeto de lei propõe pena maior para receptação de celulares roubados

Projeto de lei propõe pena maior para receptação de celulares roubados O governo federal vai…

3 horas atrás

Deputado afirma que o problema da saúde em Sorocaba está na gestão municipal

O deputado federal Jefferson Campos (PL) foi entrevistado no Jornal da Cruzeiro desta segunda-feira (31).…

3 horas atrás

Chatbot “BRT Amigo”: novo canal de comunicação para passageiros da BRT Sorocaba

A BRT Sorocaba tem o prazer de anunciar o lançamento do “BRT Amigo”, um chatbot inovador que promete transformar…

4 horas atrás

Entregadores de aplicativos anunciam paralisação de 48 horas no Brasil

Entregadores de aplicativos de todo o Brasil planejam uma greve de dois dias, nesta segunda-feira…

4 horas atrás