Após anúncio da Butanvac, ministro diz que Brasil prepara outras 3 vacinas

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 26/03/2021

O ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, anunciou nesta sexta-feira (26) que três vacinas criadas no Brasil entrarão na fase de testes clínicos nos próximos dias. Ao lado do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Pontes defendeu que a criação de vacinas nacionais é uma questão de soberania e preparo para outras pandemias futuras.

“A gente vai ter outras pandemias infelizmente, então vamos ter a tecnologia para criar vacinas. E é uma questão de soberania, nós vimos a dificuldade que é importar vacinas durante essa pandemia”, afirmou o ministro.

Pontes não entrou em detalhes sobre as instituições que desenvolviam as três vacinas, mas afirmou que uma delas, que já fez o pedido oficial à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o início dos testes clínicos, foi criada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP (Universidade de São Paulo), chamada de Versamune-CoV-2FC.

O potencial imunizante é resultado de uma pesquisa financiada pelo ministério e coordenada pelo pesquisador Célio Lopes Silva, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), em parceria com a empresa brasileira Farmacore e a PDS Biotechnology. Em nota, Anvisa confirmou que recebeu o pedido da autorização de testes com a Versamune-CoV-2FC.

Ainda de acordo com o ministro, o processo de criação dessas vacinas começou no ano passado, com quinze tecnologias diferentes. Dessas, três avançaram dos testes com animais para os testes clínicos, que têm três fases até sua conclusão.

A fala dos ministros ocorreu horas depois do governador de São Paulo, João Doria, anunciar que o Instituto Butantan vai produzir uma vacina com tecnologia própria com a qual pediria o início dos testes em humanos à Anvisa.

Em pronunciamento nesta tarde, o ministro Marcos Pontes disse que o anúncio do governo não está relacionado à Butanvac, divulgada mais cedo.

“No meu ponto de vista, não tem nada a ver uma coisa com a outra, um fato com o outro. Temos trabalhado nisso e tenho anunciado a sequência dos trabalhos há um certo tempo. Eu estava nessa expectativa para esse anúncio, foi uma coincidência”, afirmou, acrescentando que o momento pede “várias vacinas nacionais”.

“É extremamente importante o desenvolvimento de vacinas nacionais, podemos adaptar com a nossa tecnologia que fica mais barato. O desenvolvimento ajuda outras vacinas também”, disse.

Em sua fala, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reiterou a preocupação de Pontes no Brasil ter uma produção nacional de vacinas, sem depender da importação. Ele também voltou a defender o distanciamento social e o uso de máscaras. “O Brasil não é a pátria de chuteiras, e sim a pátria de máscaras”, disse.

Ele afirmou que o Brasil já têm mais 500 milhões de doses vacinas já contratadas, mas admitiu que o ritmo de vacinação ainda não é o ideal, considerando a capacidade de imunização do país. Queiroga também voltou a prometer que o governo vai atingir a meta de vacinar um milhão de pessoas por dia no começo de abril deste ano.

Com informações do Portal R7

Edição – Alessandra Santos


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