Secretaria Estadual de Saúde alerta sobre vacinação contra febre amarela antes das férias de julho
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 18/06/2018
Com a proximidade das férias escolares do mês de julho, a Secretaria Estadual da Saúde reforça o alerta para que os paulistas ainda não imunizados se vacinem contra a febre amarela, previamente a viagens programadas para o período.
A vacina deve ser tomada com 10 dias de antecedência para garantir proteção efetiva.
Ainda com objetivo de aumentar a proteção da população contra a doença, a Secretaria decidiu ampliar e intensificar a vacinação contra febre amarela em todo o território paulista a partir desta segunda-feira (18).
A finalidade é aumentar a cobertura vacinal para garantir a proteção de toda a população contra a doença. Justamente por isso, a Secretaria estendeu a imunização para 190 cidades que até então não estavam no mapa de recomendação da vacina.
Nesses locais, inicialmente estarão disponíveis as doses fracionadas da vacina, que é segura e eficaz.
Essas novas cidades estão situadas em regiões Grande ABC, Vale do Paraíba, Baixada Santista, entre outras, e incluem os 54 municípios participantes da campanha realizada em janeiro deste ano.
Nestes municípios foram vacinadas cerca de 5,6 milhões de pessoas. Segundo a pasta, ainda é fundamental ampliar a cobertura vacinal nesses locais, que até o momento, atingiu apenas 60,2% da população-alvo.
A pasta também está mobilizando as 455 cidades que já tinham recomendação da vacina para intensificar as ações de imunização, com uso da dose integral da vacina. Nesses locais, a cobertura vacinal é de aproximadamente 80%.
Somente em 2018, já foram vacinadas contra febre amarela 7,5 milhões de pessoas. O número ultrapassa a marca da vacinação no decorrer de 2017, quando 7,4 milhões de doses foram aplicadas, e é também superior à vacinação na década anterior – 7 milhões de pessoas foram imunizadas entre 2006 e 2016.
Embora a proporção de semanal de casos e óbitos humanos apresente queda, nos últimos meses, em comparação ao período de auge da doença – no início deste ano –, os dados de epizootias (morte ou adoecimento de macacos) evidenciam que o vírus continua circulando no território.
De janeiro de 2017, até 15 de junho, houve 561 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 214 deles evoluíram para óbitos.
Desse total, 31,5% das infecções por febre amarela foram contraídas em Mairiporã e 10,2% em Atibaia. Essas duas cidades respondem por 42% dos casos de febre amarela silvestre no Estado, e já têm ações de vacinação em curso desde 2017.
Especificamente no último mês – entre 14 de maio e 15 de junho –, foram registrados 36 casos e 19 óbitos, o que indica uma queda de aproximadamente 75% na média mensal de casos novos verificados entre janeiro e março, e de mais de 60% com relação ao número de óbitos.
Para efeito comparativo, o intervalo com maior aumento foi constatado no boletim de 16 de março, quando os boletins indicavam 159 novos casos e 59 óbitos a mais em comparação ao boletim de 14 de fevereiro.
Com relação às epizootias, de julho de 2017, até o momento, foram confirmados 760 casos envolvendo macacos. A região com maior concentração é a Grande São Paulo, com 47% dos casos, seguida por Campinas, com 33%.