Greve geral na Argentina atinge vários setores; companhias aéreas cancelam voos

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 25/06/2018

Uma paralisação geral atinge a Argentina nesta segunda-feira (25) em reação à política econômica adotada pelo governo.
É a terceira greve geral em dois anos e meio da gestão do presidente Mauricio Macri que tem impacto no transporte público, nos postos de gasolina e nos bancos.
As companhias aéreas Azul, Latam e Aerolíneas Argentinas cancelaram voos que têm como origem ou destino os aeroportos do país.
A Azul cancelou seus voos que saem de Belo Horizonte e da cidade de Navegantes (em Santa Catarina) para a capital argentina e também os voos que deixariam Buenos Aires em direção à capital mineira.
No caso das viagens internacionais da Latam, estão cancelados voos de São Paulo, Rio, Brasília e Recife para Buenos Aires e da capital paulista para Rosario, Córdoba e Tucumán.
Os diferentes sindicatos têm pauta comum: reajuste de salários para combater a elevação do custo de vida, que em 2017 chegou a 25%. Também reivindicam garantias para evitar  demissões.
Por sua vez, o governo anunciou que vai reduzir o tamanho do Estado e o programa de obras públicas – que esperava usar para reativar a economia e gerar empregos. O ministro da Fazenda, Nicolas Dujovne, disse que o crescimento econômico será menor e a inflação será maior do que o esperado. Segundo ele, o acordo com o FMI impediu o agravamento da crise.
Desde dezembro, o peso argentino perdeu metade de seu valor. Segundo o presidente do Banco Central argentino, Luis Caputo, a desvalorização terá um custo no curto prazo.  “Foi o melhor que pode ter acontecido”, resumiu Caputo, informando que a medida obrigou a Argentina a buscar o apoio do FMI e estabilizar a economia.


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