Estado de SP espera vacinar 2,2 milhões de crianças contra pólio e sarampo

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 01/08/2018

No calendário nacional, a imunização deve ocorrer entre os dias 6 e 31 de agosto, mas no Estado de São Paulo a Secretaria de Saúde decidiu antecipar o início da campanha de vacinação contra paralisia infantil (poliomielite) e sarampo com um ‘Dia D’ extra já neste sábado (4).
Mais de 4 mil postos de vacinação fixos e cerca de 300 postos volantes estarão abertos neste dia, das 8h às 17h, para as crianças com idade entre um ano e cinco anos incompletos. Não poderão ser vacinadas crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento para leucemia e pacientes oncológicos.
Mais de 35 mil profissionais estão mobilizados na campanha no Estado, com suporte de cerca de 3 mil veículos, entre carros, ônibus e barcos.
“Decidimos realizar dois ‘Dias D’ com a finalidade de facilitar que os pais e responsáveis levem as crianças aos postos de saúde. Nosso objetivo é elevar a cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo entre as crianças entre um e cinco anos incompletos. As vacinas são seguras e é necessário ressaltar a importância da imunização, desmistificando que a vacina pode trazer malefícios”, ressalta diretora deImunização da Secretaria, Helena Sato.
Atualmente, a cobertura vacinal de poliomielite em São Paulo é de 70% e, de sarampo, 74,3%, conforme dados preliminares do PNI (Programa Nacional de Imunizações).
O esquema vacinal do Calendário Nacional de Vacinação é composto por três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), administradas aos dois, quatro e seis meses, sendo necessários dois reforços com a vacina oral poliomielite (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
A imunização contra o sarampo é feito por meio da vacina tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba. O esquema vacinal é de uma dose aos 12 meses, com um reforço aos 15 meses por meio da aplicação da tetraviral, que inclui a imunização contra varicela.
Sobre pólio e sarampo
A poliomielite está eliminada no Estado de São Paulo desde 1988, quando houve o último caso, no município de Teodoro Sampaio. Trata-se de uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito, atingindo geralmente membros inferiores. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (como saliva, tosse, espirro, mais frequentemente), ou objetos, alimentos e água contaminados com resíduos de doentes.
A circulação endêmica de sarampo foi interrompida no Estado no ano 2000 e não há casos autóctones. Casos esporádicos ocorreram eventualmente desde então, relacionados à importação do vírus de várias regiões do mundo onde ainda o controle da doença não foi atingido. Em 2018, por exemplo, São Paulo registra dois casos confirmados, importados da Ásia Ocidental e do Rio de Janeiro.
Ambas são doenças de notificação compulsória, conforme diretriz do Ministério da Saúde.
“A vacinação é fundamental para eliminarmos os riscos da circulação destas doenças no Estado de São Paulo. Esperamos, com os dois Dias D, atingir a meta de 95% de vacinados no Estado”, afirma Helena Sato.
Com informações da Secretaria Estadual de Saúde


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