SARAMPO: País tem 39 cidades com surto ativo da doença; Sorocaba está na lista

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 06/08/2019

O Ministério da Saúde alerta aos pais, mães e responsáveis que vão viajar com os filhos de seis meses a menores de um ano de idade para 39 municípios em situação de surto ativo do sarampo no país (lista abaixo).
A recomendação é que todas essas crianças, nesta faixa etária, sejam vacinadas contra a doença, no período mínimo de 15 dias, antes da data prevista para a viagem. Além de proteger, a medida de segurança pretende interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país.
Atualmente, 39 cidades em três estados brasileiros se mantém com surto ativo, ou seja, com crescimento do número de casos confirmados da doença. São eles: São Paulo, Pará e Rio de Janeiro.
Entre os municípios paulistas, Sorocaba e Itapetininga estão nesta lista.
O último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (5), indica que a cidade registrou 5 casos de sarampo, todos contraídos em Sorocaba.
Os pacientes, do sexo masculino, foram três crianças, de 3, 7 e 9 anos de idade e um adulto de 32 anos. Uma mulher, também de 32 anos, foi diagnosticada com a doença.
Segundo a Secretaria da Saúde, 39 casos estão sendo investigados e mais 7 já foram descartados.
A pasta vai entrar em contato com o MS para saber porque Sorocaba foi incluída na lista já que a situação está controlada e afirma que , de acordo com orientações do Centro de
Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo (CVE-SP) está desenvolvendo ação de
bloqueio vacinal nos contatos dos pacientes suspeitos.
Já a cidade de Itapetininga, até o dia 30 de julho, registrou um caso de sarampo.
Segundo o Ministério da Saúde, a chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade; e aos 15 meses para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela.
Ainda de acordo com a pasta,   a vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independente do planejamento de viagens para os locais com surto ativo do sarampo ou não e além disso toda pessoa, de um ano a 49 anos de idade, deve ter duas doses da vacina contra o sarampo para ficar protegido contra a doença.
Para interromper a cadeia de circulação do vírus do sarampo, o Ministério da Saúde em parceria com os Estados e Municípios estão realizando diversas ações, entre elas, o bloqueio vacinal seletivo e ações de rotina de vacinação; e campanhas de vacinação para a população de 15 a 29 anos de idade, esta última, em alguns municípios.
A recomendação do Ministério da Saúde em vacinar as crianças de seis meses a menores de um ano de idade, que irão se deslocar para municípios que apresentam surto ativo de sarampo, deve ser mantida até 90 dias após o último caso confirmado de sarampo. O ministério informará aos estados oportunamente o momento em que a vacinação de crianças menores de um ano de idade deverá ser descontinuada.
Cabe aos estados divulgar amplamente a orientação para os serviços de saúde a fim de oferecer proteção oportuna para a população, especialmente as crianças menores de um ano de idade. Além de garantir a vacinação de rotina às crianças já residentes nas localidades de surto ativo de sarampo.
Panorama do sarampo
O Ministério da Saúde registrou, entre os dias 5 de maio a 3 de agosto de 2019, 907 casos confirmados de sarampo no Brasil, em três estados: São Paulo (901), Rio de Janeiro (5) e Bahia (1). O coeficiente de incidência da doença foi de 0,4 por 100.000 habitantes.
O país vinha de um histórico de não registrar casos autóctones desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com as medidas de bloqueio vacinal e, em 2016, o Brasil recebeu o Certificado de Eliminação do Sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O Brasil perdeu o certificado em fevereiro deste ano e, atualmente, empreende todos os esforços para eliminar novamente a transmissão do vírus no país, com reforço da vacinação contra o sarampo. Manter altas e homogêneas coberturas vacinais na população é a única forma de evitar a transmissão da doença.
A pasta também tem atuado ativamente junto aos estados e municípios no enfrentamento do surto de sarampo desde dezembro de 2017, quando o Brasil foi notificado do surto na Venezuela. Para isso, manteve equipes técnicas e treinadas nos estados com transmissão da doença para acompanhar as ações e prestar orientação no enfrentamento do sarampo.
O Ministério da Saúde enviou aos estados, neste ano, 12,1 milhões de doses da vacina tríplice viral para atender a demanda dos estados, já está incluído o quantitativo utilizado nas campanhas de vacinação contra o sarampo realizada em 19 municípios do estado do Pará e na cidade de São Paulo.
Até o momento, diante do atual cenário epidemiológico do sarampo, não está prevista a realização de campanhas adicionais de vacinação contra a doença, em outros locais, considerando que esta ação já está sendo realizada nas áreas onde há circulação do vírus atualmente. Ressalta-se, no entanto, que mesmo em situações de surto, a vacinação de rotina está mantida na rede de serviço do SUS, conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação e que os serviços de vacinação são estimulados a buscar a sua população não vacinada para a devida atualização.
Municípios brasileiros com surto ativo de sarampo (mantém crescimento do número de casos confirmados da doença) até 26/07/2019

Estado – Municípios
São Paulo
São Paulo
Santos
Fernandópolis
Santo André
Guarulhos
São Bernardo do Campo
São Caetano do Sul
Mauá
Ribeirão Pires
Mairiporã
Pindamonhangaba
Sorocaba
Diadema
Indaiatuba
Osasco
Barueri
Caçapava
Caieiras
Embu
Estrela D’Oeste
Francisco Morato
Hortolândia
Itapetininga
Itaquaquecetuba
Jales
Mogi das Cruzes
Peruíbe
Praia Grande
Ribeirão Preto
São José dos Campos
Taboão da Serra
Taubaté
Rio de Janeiro
Paraty
Rio de Janeiro
Nilópolis
Pará
Monte Alegre
Santarém
Porto do Moz
Prainha

Com informações do Ministério da Saúde


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