‘É falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da Humanidade’, diz Bolsonaro na ONU

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 24/09/2019

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), atacado pelos incêndios na Amazônia, defendeu nesta terça-feira (24) em seu discurso inaugural da Assembleia Geral das Nações Unidas a soberania do território brasileiro.
“É uma falácia dizer que a Amazônia é a herança da humanidade, e um equívoco confirmado pelos cientistas dizer que nossas florestas são os pulmões do mundo”, afirmou.

A Amazônia não está sendo devastada nem consumida pelo fogo como diz a imprensa mentirosamente”, assegurou Bolsonaro, em seu primeiro discurso na ONU.
Também criticou que, “valendo-se dessas falácias, um ou outro país (…) embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa e com espírito colonialista e questionaram aquilo que nos é mais sagrado: nossa soberania”.
Usando camisetas verdes e exibindo um boneco gigante de Bolsonaro e um cartaz com os dizeres “Bolsonaro, uma ameaça à Terra”, manifestantes protestaram em frente à ONU durante seu discurso.
O presidente brasileiro, um cético em relação às mudanças climáticas e que defende a exploração comercial em áreas de preservação ambiental e indígena, costuma assegurar ao mundo que a situação na Amazônia está sob controle.
Mas o desmatamento dobrou na primeira metade do ano, e os incêndios – causados principalmente por agricultores e madeireiros – quase triplicaram em agosto em relação ao ano anterior, causando uma crise internacional.
O presidente francês, Emmanuel Macron, chegou a propor conceder à Amazônia um “status internacional”, uma idéia que ultrajou Bolsonaro e que levou o presidente brasileiro a acusar o colega francês de querer restringir a soberania do Brasil.
Essa foi “uma proposta absurda”, disse Bolsonaro na ONU.
Segundo dados oficiais, o desmatamento da Amazônia brasileira praticamente dobrou entre janeiro e agosto, e este ano representa o equivalente a 640.000 campos de futebol.
Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul e AFP
Edição – Alessandra Santos

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