Estado de SP registra queda no número de casos de sífilis congênita

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 22/10/2019

Pela primeira vez em dez anos, o Estado de São Paulo reduziu em 3% o número de casos de sífilis congênita. É o que aponta levantamento realizado pelo Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP, unidade da Secretaria de Estado da Saúde.
Os dados indicam queda de 4.125 casos em 2017 para 4.012 em 2018, segundo os últimos números disponíveis. Desde 2009, quando foram registrados 901 casos, São Paulo apresentava aumento em sífilis congênita.
“Embora a queda seja discreta, a reversão da tendência de aumento dos casos é um passo muito importante”, explica a coordenadora das Ações para Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis, Carmen Sílvia Bruniera Domingues. “Se uma gestante com sífilis não for tratada, pode transmitir a doença para o seu bebê, que pode nascer prematuro, ou apresentar manifestações ósseas ou neurossífilis. Alguns casos podem evoluir para aborto, natimorto ou até mesmo óbito perinatal. Em 2017, no Estado, foram registrados 352 abortos ou natimortos causados pela sífilis”, complementa a coordenadora.
Em 2018 foram diagnosticadas 12.637 gestantes com sífilis no Estado de São Paulo. Desse total, pelo menos 90% das gestantes receberam tratamento adequado. O aumento na detecção das gestantes com sífilis, associado ao tratamento oportuno e adequado, tem contribuído para evitar casos de sífilis congênita.
Há três tipos de sífilis: em gestantes, congênita (quando ocorre a transmissão da doença da mãe para o bebê, durante a gravidez) e adquirida. A detecção da doença auxilia no tratamento precoce dos pacientes e, especificamente entre gestantes, possibilita a redução da sífilis congênita.
“O SUS oferece testes rápidos de sífilis, que podem ser feitos gratuitamente, em minutos. Os resultados são confiáveis e não requerem jejum”, lembra o integrante do Programa Estadual DST/Aids-SP, Artur Kalichman. O programa disponibiliza tratamento e testes de sífilis e anti-HIV, que visam o diagnóstico precoce, que podem ser realizados o ano todo. Essa política tem contribuído para o diagnóstico precoce e tratamento oportuno de gestantes durante o pré-natal.
Com informações do Governo do Estado de SP
Edição – Alessandra Santos


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