Um vírus diferente e assustador
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 13/03/2020
O vírus assustador chegou ao Brasil, já são mais de 100 casos registrados pelo Ministério da Saúde até esta sexta-feira.
A progressão geográfica do coronavírus, denominado em sua mutação como COVID-19, é o que chama mais a atenção do que o seu grau de gravidade ou letalidade.
Para se ter uma ideia, no país, neste momento, o número de registros da gripe H1N1 chega a ser dez vezes superior ao de coronavírus, bem como os casos de dengue que, somente em Iperó, na Região Metropolitana de Sorocaba, chegaram a 1.022 registros até sexta-feira passada, dia 6 de março.
Ontem, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, o governador João Doria afirmou que, mesmo diante dos números crescentes do coronavírus, não há razão para os paulistas entrarem em pânico.
O Brasil, felizmente, e apesar de todas as críticas, tem um dos melhores sistemas de saúde pública do mundo.
A preocupação maior das autoridades é de que, nas próximas semanas, há a possibilidade de termos uma explosão no número de registros de coronavírus.
Contudo, apenas os casos mais graves, que são minoria, precisarão de UTI, assim, a disponibilidade de mil leitos de UTI no Estado de São Paulo, conforme informou ontem o médico infectologista Davi Uip, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, deverão dar conta da situação.
De qualquer forma, o Brasil está, de certa forma, em vantagem.
Embora não haja teorias científicas fundamentando que o COVID-19 não resiste a altas temperaturas, é senso comum que ele morre em questão de horas quando está solto no ambiente e com temperaturas acima de 27 graus.
O outono está chegando e, por sua característica, trata-se de uma estação fria à noite, mas quente durante o dia, assim, por essa condição, o Brasil deverá ter muitos casos da doença, porém, não comparável ao surto epidêmico registrado na China ou na Itália.
Idosos e crianças são os alvos mais frágeis do vírus, por isso a importância de se observar alguns cuidados como lavar as mãos várias vezes aos dia, ficar afastado pelo menos dois metros de qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando; e se você estiver com sintomas parecidos com o do coronavírus, ao tossir e espirrar utilize um lenço descartável ou o antebraço como escudo e, melhor ainda, utilize máscara.
Evitar lugares com aglomeração de pessoas, alimentar-se bem e hidratar-se tomando bastante água são procedimentos que também auxiliam na prevenção e no tratamento da doença.
Os cenários urbanos de abandono registrados em países com a epidemia da doença podem até assustar, mas são, na verdade, procedimentos epidemiológicos para se evitar a disseminação do vírus e, consequentemente, seu crescimento vegetativo.
Escolas de portas fechadas, estádios de futebol, eventos de grande público cancelados são providências necessárias no combate à doença.
É fundamental que a população colabore também com as autoridades sanitárias a fim de evitar medidas mais drásticas como o isolamento de toda a população, pois tal providência é danosa para a vida das pessoas e para a economia de uma região ou país.
Até o final de março, o Governo de São Paulo deve lançar um aplicativo para monitoramento digital de pacientes suspeitos ou confirmados com recomendação em isolamento domiciliar.
Tosse, produção de escarro, congestão nasal, coriza e dificuldade para respirar são os sintomas mais comuns da doença, mas isso não significa que a pessoa esteja infectada com o COVID-19.
É importante procurar os serviços de saúde para se ter um diagnóstico preciso e começar o tratamento.
A boa recomendação é: se tiver sintomas leves de gripe ou resfriado, procure ficar em casa e se isolar; no caso de agravamento dos sintomas, procure um serviço público ou particular de saúde para se obter um diagnóstico.
O melhor remédio é a prevenção, assim, busque ter uma atitude saudável para garantir sempre uma boa qualidade de vida e, por consequência, o extermínio do coronavírus.