Israel reconfina a população para frear contágios por Covid-19
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 15/09/2020
A medida deve durar três semanas e entrará em vigor nesta sexta-feira (18), véspera dos principais feriados judaicos. O governo israelense espera, desta forma, conter uma segunda onda de infecções por coronavírus no país.
Israel foi um dos primeiros países a fechar o espaço aéreo em meados de março, quando confinou toda a população e derrubou a curva de contágio.
Em meados de maio, com a reabertura das atividades, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse à população para “sair e comemorar”. Exceto que, apesar dos avisos e planos, Israel não se preparou adequadamente para a segunda onda de infecções, que veio antes do previsto, e muito antes do temido inverno.
Agora, depois de semanas de deliberações e erros, mais de nove milhões de israelenses serão confinados na sexta-feira (18) e não poderão viajar durante três semanas.
Na tarde dessa sexta-feira, o povo judeu celebra o ano novo, e dez dias depois é comemorado o Dia do Arrependimento, Yom Kippur, e uma semana depois a Festa do Tabernáculo, o Sucot.
Impacto moderado
O governo afirma que o confiamento nos feriados tradicionais moderará o impacto que a medida terá na economia, mas a decisão já causou a renúncia de um dos ministros ultrarreligiosos que apóiam o governo, a partir de sua posição ministerial.
Paralelamente, Netanyahu parte esta segunda-feira (14) com uma grande delegação a Washington, para assinar os acordos de normalização das relações com os Emirados Árabes Unidos e com o Bahrein, deixando temporariamente para trás a crise.
Com informações da RFI.